CHUCB abre concurso público para equipar Centro de Medicina Nuclear no Fundão

Foi publicado em Diário da República, esta segunda-feira, a abertura do concurso público para a aquisição de equipamentos que contemplam exames de diagnóstico, no valor de 258 mil euros, e serviços de telerradiografia, uma verba de 329 mil euros, para a abertura do Centro de Medicina Nuclear, no Hospital do Fundão, que deverá acontecer no primeiro semestre de 2024.

A aquisição será feita por parte do Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira (CHUCB).


O presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, informou, em declarações à agência Lusa, que as obras no hospital da cidade, onde vai funcionar o Centro de Medicina Nuclear, “estão praticamente concluídas” e prevê que a unidade abra no primeiro semestre de 2024.

Paulo Fernandes considerou ser “mais uma peça do puzzle” a montar para que a unidade entre ao serviço da população.

“Espero no início do ano já estarmos a montar equipamentos e que possamos, o mais tardar no final do primeiro semestre do próximo ano, tentar abrir a Medicina Nuclear”, disse o autarca.

A Câmara Municipal financiou as obras de requalificação de edifício do Hospital do Fundão, que vai albergar a nova unidade, e o presidente sublinhou que, embora esteja, para já, prevista apenas a vertente de diagnóstico, as infraestruturas ficam preparadas para poderem ser feitos tratamentos nas instalações e os doentes possam fazer radioterapia, caso seja tomada essa decisão, numa segunda fase.

Segundo Paulo Fernandes, o Centro de Medicina Nuclear vai beneficiar “toda a região”, servir a Beira Interior e evitar deslocações a Lisboa e a Coimbra, onde habitualmente os utentes acedem a estes serviços, diminuindo “os custos de tempo e bem-estar”, além dos gastos com transportes e alojamento.

Para o autarca do Fundão, a aspiração do município desde há uma década está agora mais perto de se concretizar e representa um avanço na assistência na saúde.

“Em termos oncológicos, um diagnóstico atempado pode fazer a diferença entre a vida e a morte, e estamos a falar de algo muito sério do ponto de vista de saúde pública”, acentuou Paulo Fernandes.

Além do financiamento das obras nas instalações, a Câmara do Fundão tem o compromisso de pagar a componente não comparticipada dos equipamentos comprados.

Paulo Fernandes destacou a parceria entre o CHUCB e Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC), um “processo de cooperação” que “permite ter as equipas especializadas para dar resposta a este tipo de valência”.

O CHUCB tem na sua esfera os hospitais da Covilhã e do Fundão e vai passar a fazer parte da Unidade Local de Saúde (ULS) da Cova da Beira.