Com um investimento de cerca de 20 milhões de euros, o Hospital Privado das Beiras, localizado nas instalações do antigo CITEVE – Centro Tecnológico Têxtil e Vestuário, permitirá criar entre 150 a 200 postos de trabalho e a sua abertura está prevista para abril de 2025.
A informação foi avançada por António Sàágua, administrador da nova unidade hospitalar, durante uma visita às obras, que teve lugar na manhã desta terça-feira (07).
“Este é um projeto simples, mas de grande ambição”, disse António Sàágua, revelando que o objetivo é “responder às necessidades da comunidade das Beiras”.
O projeto começa com uma clínica localizada a cerca de 300 metros do futuro hospital privado das beiras, junto ao campo da ADE, e a abertura está prevista para março de 2024. A meio do ano, a mesma clínica irá abrir, também, em Castelo Branco e na Guarda.
A unidade hospitalar irá abrir portas em abril de 2025 e resulta da parceria entre um fundo de investimento (MedCapital) dedicado exclusivamente ao desenvolvimento de um grupo de saúde privado de âmbito nacional e dois grupos empresariais (Grupo AFFIS e Grupo FPT Energia).
O objetivo é “complementar” o Serviço Nacional de Saúde e não “entrar na dinâmica concorrencial”, sublinhou António Sàágua.
“Nós queremos oferecer um serviço de saúde e perceber quais as necessidades da população das Beiras e que tipo de especialidades e consultas podemos dar para colmatar as falhas do SNS”, frisou.
Utilizar a comunidade local clínica é um dos objetivos no recrutamento, revelou o administrador, sublinhando que, se não for possível, será necessário colmatar com profissionais de saúde de outros locais, como Coimbra, Porto e Lisboa.
As consultas de especialidade não vão ser a novidade deste projeto, mas sim as consultas especificas para a faixa etária jovem, avançou António Sàágua, salientando a importância da Universidade da Beira Interior (UBI) na Covilhã.
A densificação do cluster da saúde na Covilhã é “muito importante” para “criar sinergias e trabalhar em conjunto com o Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB), Faculdade de Ciências da Saúde da UBI e UBImedical”, disse Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, negando que os investimentos privados prejudiquem o SNS.
Quanto às instalações, Vítor Pereira frisou que “o edifício da CITEVE, que estava devoluto, é uma boa estrutura, facilmente adaptável e reconvertível”.
“Por um lado, aproveitamos um emblemático edifício da nossa terra e, por outro, criamos um hospital que tem duas valências complementares àquelas que já foram anunciadas no domínio da saúde”, destacou.
Com 8000 metros quadrados e quatro pisos, o Hospital Privado das Beiras contará com equipas clínicas de mais de trinta especialidades, com campo do diagnóstico e tratamento, duas salas operatórias, unidade de cuidados intermédios, internamento, equipamento de imagiologia de última geração, laboratório, meios complementares de diagnóstico e terapêutica e serviço de atendimento permanente.
O Hospital terá a capacidade para realizar, anualmente, mais de 100 mil consultas, mais de 3 mil cirurgias e mais de 70 mil exames e tratamentos.
Adicionalmente, o Hospital conta com uma unidade de cariz mais residencial focada na população sénior, em articulação próxima com a unidade hospitalar.