O projeto “Casa da Diabetes”, desenvolvido pela Associação Protetora dos Diabéticos Portugueses (APDP), vai ser implementado na Covilhã, o protocolo tripartido que permite a sua realização foi assinado esta segunda-feira no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
O projeto é desenvolvido pela APDP e terá a parceria local da Associação de Diabéticos Serra da Estrela e o apoio da Câmara Municipal da Covilhã, entidades que rubricaram o protocolo.
Para Vítor Fazendeiro, presidente da direção da Associação de Diabéticos Serra da Estrela, esta “é mais uma meta alcançada”, vincando que o desafio foi lançado pela APDP há cerca de 8 meses e que prontamente foi aceite, “como são todos os que visam o bem-estar dos associados”, disse durante a cerimónia.
O projeto consiste na realização de sessões de esclarecimento sobre a doença, com profissionais da APDP que se deslocarão à Covilhã para o efeito.
José Manuel Boavida, que dirige a Associação Protetora dos Diabéticos Portugueses, dá conta da importância destas ações, explicando que a diabetes “não fica tratada com comprimidos, ou com dicas”, é uma doença em que as pessoas têm que “aprender a cuidar de si, num processo permanente” e, neste caso, as associações têm um papel muito importante.
“O desafio que fizemos foi transformar esses conselhos numa coisa mais organizada, não ser só quando calha, mas haver um programa esquematizado dedicado à aprendizagem”, vincou.
Detalha que para além dos doentes o programa “Casa da Diabetes” envolve, também, famílias e profissionais de saúde, que são pontos essenciais no controlo da diabetes.
Dulce do Ó, enfermeira da instituição explica que se trata de seis sessões presenciais, com o intuito principal de proporcionar bem-estar aos diabéticos, vincando que o projeto assenta em sessões pergunta/resposta, trabalhos em grupo e muita informação, sendo que o objetivo é que “as pessoas se sintam mais seguras para conseguir lidar melhor com a doença e a consigam controlar”.
Regina Gouveia, vereadora com o pelouro da saúde na Câmara Municipal da Covilhã, entidade que apoia o projeto com cerca de 3600 euros, elogiou a iniciativa, frisando que se trata de “um projeto sustentado”, que aposta na literacia para a saúde, na capacitação, considerando-o uma nova abordagem à doença.
“É um projeto sustentado com várias componentes. É verdade que precisamos de investir em literacia da saúde, ou para a saúde, e não seria exceção nesta doença. Para além da literacia tem também a capacitação e a dimensão social da doença”, sublinhou.
O protocolo vigora até final de 2024, as sessões, num total de seis, ainda não têm data nem local definido para a sua realização.
Quanto aos temas a primeira será “vamos falar de diabetes”, seguem-se as sessões: “afinal o que é que podemos comer”; “leitura de rótulos”; “atividade física”; “cuidados preventivos ao pé da pessoa com diabetes” e “diabetes em festa”.