Lítio: Oposição quer providência cautelar para travar prospeção na Argemela até se concluírem investigações

Face às suspeitas que existem, e às investigações em curso envolvendo concessões de lítio em outros locais do país, os vereadores eleitos pela coligação “Juntos Fazemos Melhor”, defendem que a autarquia, em ação conjunta com o Município do Fundão, deveria patrocinar uma providência cautelar para suspender a prospeção de lítio na área da Argemela.

Uma posição avançada aos jornalistas, no final da reunião privada da CMC, por Pedro Farromba, defendendo que já em 2021 “houve um processo iniciado sobre a concessão da Argelema que envolvia o Secretário de Estado do Ambiente, à data, e atual Ministro das Infraestruturas, João Galamba, investigado no atual processo”, o vereador avança que a Câmara Municipal da Covilhã, em conjunto com o Fundão, “deve patrocinar uma providência cautelar para suspender de imediato os trabalhos de prospeção e que esta suspensão servisse para que se pudesse investigar se esta concessão está também envolvida em algum destes processos”, disse.


“Uma proposta sem sentido”, apontou o vice-presidente da CMC José Armando Serra dos Reis, que presidiu à reunião, sublinhando que a legalidade de processos é uma preocupação constante dos municípios. “Nós já estamos a trabalhar nisso”, afirmou.

Realça que a defesa das populações e dos seus interesses é o que norteia a ação da Câmara Municipal da Covilhã, que tem estado sempre ao lado do Grupo de Defesa da Serra da Argemela, por exemplo.

Sobre ações a desenvolver, vinca que “continuará há haver diálogo com o Fundão e qualquer ação será sempre conjunta”. Aponta, no entanto, que a sugestão da oposição “é um rebate de consciência”. “Não é preciso que nos digam «vejam lá», estamos todos os dias a pensar nisso”, vincou.

Realça ainda que qualquer pessoa, individual ou coletivamente, pode usar esta figura da providência cautelar, sublinhando que à autarquia compete defender o interesse das populações, como tem feito até aqui.