A Câmara Municipal da Covilhã vai adquirir o edifício da Parkurbis por um montante a rondar os 740 mil euros, metade do valor pelo qual foi avaliado, revelou Vítor Pereira, presidente da autarquia, no final da última reunião privada do executivo.
A compra vai ser realizada com a condição de que, nos próximos cinco anos, a associação Parkurbis poderá voltar a adquirir o edifício, algo que, se não vier a acontecer, leva a autarquia a ter “pensar numa solução que se compagine com a utilização, vocação e missão da associação”.
Vítor Pereira salientou que “não é vocação dos parques de ciência e tecnologia darem lucro, pelo que a geração de receitas é mínima, o que condiciona a ação do parque de captar investidores”.
A coligação “Juntos, Fazemos Melhor” votou contra esta proposta, afirmando que não tem acesso a algumas contas relacionadas com a associação Parkurbis.
Para Ricardo Silva, vereador da oposição, “a compra deste edifício é, de alguma forma, para resolver problemas que, eventualmente, esta empresa municipal possa ter”.
“A justificação do município é que há gastos de financiamento, fruto da subida vertiginosa das taxas de juro, que estão a condicionar a atividade desta associação”, frisou.
Segundo o vereador, o valor será para abater a dívida bancária da Parkurbis.