Este sábado, dia 13, a Galeria António Lopes abre as portas a Helénio Mendes, conhecido, no mundo artístico, como Hellénio, revela a autarquia em nota de imprensa.
Intitulada “Sorry”, a exposição de pintura neoexpressionista concentra-se no primeiro piso da galeria e vai estar patente até 29 de fevereiro, de terça-feira a domingo, das 10:00 às 18:00.
Esta é a terceira vez que Hellénio se apresenta na Galeria António Lopes, sendo que este foi, também, o espaço escolhido pelo artista para a sua primeira exibição individual, com “Sufri, nha fidjo”, em 2020. Voltou em 2021 com “Corre, uma lufada de ar fresco que vem com a liberdade de expressão”.
Nascido na Guiné-Bissau, Hellénio está em Portugal desde os 5 anos. Entre Lisboa e Abrantes, o curso de Design de Moda levou-o à Universidade da Beira Interior (UBI). “Nesta área, explora a arte através dos tecidos, da desconstrução e de materiais criativos, de modo a obter peças sustentáveis e concetuais”, pode ler-se em nota de imprensa.
Segundo o artista, a sua arte “é uma expressão livre e crua, influenciada pela arte tribal africana e por artistas como Amadeu de Sousa Cardoso e Mário Rita”.
Tematicamente, nas suas obras, “expressa os sentimentos que não consegue verbalizar acerca do que viveu até hoje: a ausência de uma figura paterna; os traumas de ser criança negra numa cidade pequena, maioritariamente habitada por portugueses de cor clara; a presença do machismo, que não o deixou expressar-se devidamente, e a ansiedade e problemas mentais de quem cala o que sente”.
A sua pintura retrata, maioritariamente, figuras negras, “em homenagem a todos os que partiram sem voz e na esperança de realçar a força e a emancipação desse povo”.
“Os seus trabalhos são o reflexo da vida no mundo físico, em contraste com imagens do subconsciente”, pode ler-se ainda no documento enviado à RCC.