Forças de segurança da região manifestam-se por melhores condições salariais e de trabalho

À semelhança do que está a acontecer pelo país, também os polícias da PSP, militares da GNR e guardas prisionais da Covilhã protestaram, na Praça do Município, por melhores condições salariais e de trabalho.

Em declarações à RCC, Leonel Silva, dirigente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) na região, revelou que o objetivo é “mostrar o descontentamento pela forma como a tutela tem tratado as forças de segurança”.


Uma das formas de protesto passa por exigir o pagamento de um suplemento de missão, tal como tem a PJ, disse Leonel Silva, garantindo que “ninguém está contra o suplemento que foi dado à PJ, antes pelo contrário, o problema é que foi dado apenas à Polícia Judiciária e não também às outras forças de segurança”.

“Isso cria um mau estar muito grande dentro da GNR e da PSP”, disse.

Trata-se de uma diferença de cerca de 700€ ao final do mês, que “poderia colmatar a insuficiência, a nível de vencimentos, que as forças de segurança têm atualmente e que as tornam muito pouco atrativas para a entrada de novos membros”.

Baixos rendimentos, meios insuficientes e edifícios degradados são os principais obstáculos para as forças de segurança pública, revelou Leonel Silva, frisando que se nota, nos últimos anos, uma enorme falta de investimento a nível nacional e regional.

O dirigente explicou ainda que estes são problemas que se sentem mais a nível regional “devido à estrutura etária dos elementos das forças de segurança no Interior do país, o que acaba por acarretar novos problemas para a região”.

A concentração, que contou com dezenas de elementos das forças de segurança, teve lugar ontem à noite em frente à Câmara Municipal da Covilhã.

Os protestos começaram de forma espontânea há cerca de uma semana e estão a ser organizados através de redes sociais como Facebook e Telegram.