“Nó_Cego”: TeatrUBI e ASTA estreiam peça no arranque do Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior

A 28ª edição do Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior arranca no próximo dia 7 de março, com a estreia da peça “Nó_Cego”, a mais recente coprodução do TeatrUBI e da ASTA – Teatro e Outras Artes, companhias que organizam o evento. Esta edição fica também marcada pelos 35 anos da criação do Grupo de Teatro da Universidade da Beira Interior, que conta, atualmente, com 14 pessoas.

Com criação e direção de Rui Pires, a peça “Nó_Cego” está ainda a ser criada e vai estar no palco do Anfiteatro das Sessões Solenes da UBI, nos dias 7 e 8 de março, às 21:30. De acordo com o diretor do festival, este espetáculo retrata a dança no teatro, “com muito mais movimento e menos texto”.


“É algo que me caracteriza enquanto criador. Os meus espetáculos nunca partem de um texto, partem de ideias, como é o caso deste”, explicou Rui Pires em conferência de imprensa de apresentação do evento.

Esta edição conta com a participação de 10 companhias e grupos de teatro, num total de 10 espetáculos.

Segundo avançou Rui Pires, uma das maiores dificuldades na organização do TeatrUBI prende-se com o facto de decorrer “muito cedo”.

“Normalmente, os grupos de teatro estão a estrear em maio, pelo que é sempre complicado conseguir grupos que tenham espetáculos prontos, daí que tenhamos espetáculos que vão ser estreia, como é o caso da peça “Desequilíbrios”, da companhia Maricastaña”, sublinhou.

Relativamente à organização do festival, o diretor admitiu procurar “trazer alguns grupos com os quais a ASTA já tem alguma ligação ao longo dos anos, como o Maricastaña e o Grupo de Teatro da Universidade de Santiago de Compostela, que vai apresentar a peça “Antropoloxia do Bico”.

“São grupos com os quais já temos uma ligação informal muito extensa”, vincou.

Outro dos objetivos é trazer os grupos de teatro mais recentes do país, como é o caso do “Sem Máscara”, um Grupo de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, que “foi criado há dois e vai atuar, pela primeira vez, fora do Porto”, com a peça “O Despertar da Primavera”.

Para Rui Pires, as artes deveriam ter “mais destaque e um lugar de maior relevância, não só nas universidades, mas também na escola pública”.

“Numa altura em que todos temos de ser empreendedores e ter um pensamento muito fechado e linear, acho que o teatro e as artes são o oásis que nos faz fugir da rotina”, disse.

O orçamento para a 28ª edição do Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior, que decorre entre os dias 7 e 16 de março, é de 38 mil euros.

O festival terá lugar todos os dias, no auditório das Sessões Solenes da UBI, a partir das 21:30.