TMC: Dificuldade em “gerar equilíbrio entre acolhimentos e programação” motivou falta de apoio

A dificuldade em “gerar equilíbrio entre acolhimentos e programação” foi a causa para o Teatro Municipal da Covilhã (TMC~) não ter o apoio da Direção Geral das Artes, numa candidatura chumbada no valor de 50 mil euros.

Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, respondia a Vanda Ferreira, deputada eleita pelo PSD, que levantou a questão na última Assembleia Municipal.


“Estes equilíbrios, ou desequilíbrios, fazem com que, sendo nós tão jovens no âmbito da rede nacional, não olhem com a profundidade que devem olhar para o teatro. Não imputo culpas a ninguém, mas teremos que ser mais ponderados a equilibrar as duas coisas, porque foi isso que esteve na base de não estarmos nessa rede”, explicou.

Vítor Pereira garantiu que, depois das obras de requalificação, o TMC “é a maior sala de espetáculos da Beira Interior em todas as vertentes”. 

“Não é só uma casa de espetáculos, é um centro cultural com uma residência criativa e muitas valências. Nós só olhamos para a sala, mas a sala é só uma parte daquele edifício”, frisou.

“É com grande desagrado” que o PSD vê o chumbo da candidatura de apoio do Teatro Municipal da Covilhã (TMC~), no valor de 50 mil euros, disse Vanda Ferreira.

A bancada municipal do PSD garantiu ter sido muito crítica, em novembro de 2021, em reunião do órgão, “relativamente aos prazos da obra, derrapagem financeira de mais de um milhão de euros e regulamento sobre o funcionamento do TMC~”.

“Fomos muito críticos, sobretudo, nas regras de utilização do espaço por parte das entidades locais, falta de regulamentação de programação e plano de atividades e definição e constituição de quadro pessoal, nomeadamente do diretor artístico”, detalhou Vanda Ferreira.

A deputada social-democrata pediu esclarecimentos ao presidente da Câmara Municipal, Vítor Pereira, explicando que, “segundo o regulamento, as áreas de decisão ficam sob alçada do presidente da autarquia e não do diretor artístico”.