Há “luz verde” para a construção, na Covilhã, da primeira fábrica de diamantes artificiais do país. O anúncio foi feito por Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal, na última reunião publica do executivo, onde revelou que existe parecer favorável de todas as entidades envolvidas.
“Há pequenas coisas que é preciso resolver, mas temos luz verde para avançar com este grande empreendimento”, frisou.
Na reunião pública da autarquia, foi aprovado, por unanimidade, a venda de um lote de terreno, com cerca de cinco hectares, na zona da Quinta da Grila, à empresa “Lightningplace”, que está instalada no Parkurbis – Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã.
O anúncio já tinha sido feito em novembro (notícia AQUI), também em reunião de câmara, onde foi explicado que se trata, numa primeira fase, de um investimento de 96 milhões de euros, que visa instalar 72 reatores e criar 40 postos de trabalho.
Num segundo momento, o investimento ultrapassa os 400 milhões de euros e contempla 300 reatores, permitindo criar 150 postos de trabalho “altamente qualificados”.
Segundo explicou Vítor Pereira, na reunião de novembro, cada reator é equiparado a “um grande frigorífico”, que irá permitir produzir diamantes de laboratório.
Este é um investimento de dimensão nacional, disse o autarca, salientando que, na Europa, apenas existe uma empresa deste género, sediada na Bélgica.
A empresa será instalada nas imediações do Data Center, “um local nobre para laboração e investimento”, sublinhou Vítor Pereira.
O contrato-promessa entre as duas entidades prevê que a autarquia venda um terreno de 30 mil metros quadrados, a um valor de 10,22 euros por metro quadrado, num total de quase meio milhão de euros, sendo que a empresa pode vir a comprar mais área, caso seja necessário, revelou o presidente do município.
Está previsto que o volume de negócio seja 300 milhões de euros por ano. De acordo com o autarca, o objetivo é que “a Covilhã densifique, ainda mais, o Produto Interno Bruto (PIB) e a balança comercial concelhia”.
A empresa Lightningplace, de capital indiano, já criou uma parceria com a Universidade da Beira Interior (UBI), que pode vir a fornecer à empresa mão de obra “altamente qualificada”, disse ainda o presidente da autarquia.
As obras para a primeira fase do projeto deverão avançar já este ano.