Dimensão, cor e luminosidade que impressionam. Vulto nacional de arte sacra expõe na Covilhã

Santiago Belacqua, um dos maiores vultos da arte sacra contemporânea, tem parte da sua obra exposta no Museu de Arte Sacra da Covilhã, na sala de exposições temporárias e na capela.

A mostra, intitulada “…e o Seu Reino não terá fim”, é composta por 15 telas que impressionam pela cor, pela dimensão, pela luminosidade e pelo sentimento transmitido a quem visita.


O artista, em declarações à Rádio Clube da Covilhã, deixa a análise da obra para o visitante, revelando que quem visitar vai encontrar um conjunto de obras que “retratam a mais bela história do mundo, a de Nossa Senhora e Jesus Cristo”.

“Aqui encontram arte cristã, nas cores de hoje, as minhas em particular, em que tento contar a história mais bela do mundo, a de Nossa Senhora e Jesus Cristo”, disse.

Trata-se de “uma ínfima parte” do espólio do artista, mas o “essencial da Quaresma”, tempo em que nos encontramos, disse.

Obras que podem ser inspiradas no “sentimento de alguém” e na fé do próprio artista, explicou à nossa reportagem, à margem da inauguração que decorreu no sábado, dia 17.

Para a Covilhã trouxe, por exemplo, o quadro de S. Tiago Maior, por representar o padroeiro da cidade, tendo a certeza de que o público se vai identificar com a obra.

Na mostra há duas obras diferentes, em azulejo alicatado, da autoria do fundanense José Veiga Freire.

Uma delas é a representação de uma Pietá de Santiago Belacqua. Uma obra que nasceu de um desafio do pintor, que José Freire aceitou de pronto, revelou à RCC.

Amigos de longa data os dois artistas admiram-se mutuamente. José Freire destaca “as cores” de Santiago, considerando estas obras, “um trabalho fora de série. Quadros que, atualmente, são muito difíceis de ver”, sublinhando que os artistas de arte sacra não são muito vistos, mas, “pode verificar-se que nas mãos de Santiago Belacqua esta arte está muito bem entregue”.

A exposição estará patente até 31 de março, de terça a domingo, entre as 10:00 e as 18:00, no Museu de Arte Sacra da Covilhã.

Santiago Belacqua tem já quatro quadros expostos no Vaticano e prepara-se para aí realizar uma exposição, sendo o primeiro artista português convidado a expor naquele local.