Insolvências: Sindicato Têxtil acusa 4 empresas de agirem de má-fé para com os trabalhadores

O Sindicato Têxtil da Beira Baixa acusa quatro empresas da região de agirem de “má-fé e à traição” para com os trabalhadores aquando das insolvências.

Afirmam que “os patrões, sem escrúpulos, lançam os trabalhadores em situações de absoluto desespero para o desemprego com salários em atraso”.


Em causa estão os casos da Unideco, em Penamacor, que informou as funcionárias para não se presentarem ao trabalho em janeiro, sendo que já em novembro aconteceram situações de salários em atraso. Tiveram que recorrer à suspensão do contrato de trabalho, com salários em atraso, vincando que “a empresa não se apresentou à insolvência e não dá qualquer perspetiva de futuro a estas trabalhadoras”.

Em Belmonte, na empresa Joalvi, quando no início de janeiro as funcionárias se apresentaram para trabalhar e empresa informou que não iria reabrir. “Não se apresentou à insolvência e deixa sem perspetivas de futuro estas trabalhadoras, ficando a dever salário do mês de novembro 2023, salário de dezembro 2023, subsídio de Natal e parte do subsídio de férias, as trabalhadoras tiveram de recorrer também à suspensão dos contratos por salários em atraso”.

“A gerência desta empresa nem os requerimentos para o desemprego se dignou a assinar, obrigando as trabalhadoras a recorrer à ACT”, descreve o sindicato.

Em Castelo Branco relatam o caso da Goucam, em novembro de 2023, que sem que os trabalhadores estivessem a contar informou que iria encerrar, ficando por pagar o mês de outubro.

Na última segunda-feira foi a vez da empresa Dalina, também em Castelo Branco, informar que iria recorrer à insolvência, alegando prejuízos e enviando as funcionárias para o desemprego.

O sindicato conclui que “as 4 empresas agiram à má-fé, à traição e sem qualquer respeito pelos seus trabalhadores”.

Sublinham que esta “não é situação geral nas empresas”, realçando que o problema não reside “na falta de encomendas, até porque algumas fecharam e a empresa “Mãe” continua a mandar trabalho para países de mão de obra barata, que depois voltam novamente ao nosso país para realizar arranjos nas peças”.