Cerca de meia centena de técnicos auxiliares de saúde do Hospital Pero da Covilhã e do Hospital do Fundão (ULS Cova da Beira) manifestaram-se em frente ao hospital, na Covilhã, reivindicando o aumento salarial que a criação da carreira lhes confere.
António Cardona, representante dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais na ULS Cova da Beira, disse, em declarações à Rádio Clube da Covilhã, que a luta pelo reconhecimento da carreira dos assistentes operacionais, agora técnicos auxiliares de saúde, durou cerca de 15 anos.
No ano passado foi conseguido esse reconhecimento, disse, relatando que foi publicado o decreto lei que implementa a carreira, a 1 de janeiro, mas no caso destes dois hospitais os funcionários “têm duas mãos cheias de nada”, disse.
“No ano passado conseguimos a tão famosa carreira de técnico auxiliar de saúde, TAS, o decreto lei entrou em vigor, a lista dominativa tinha que sair até 15 de janeiro, mas estamos em fim março e o que temos é nada”, vincou.
Explica que se está a falar na subida de escalão que pode significar cerca de 50 euros de aumento mensal, em funcionários que na sua maioria ganham o ordenado mínimo nacional.
Em causa estão mais de 300 funcionários que esta segunda-feira levaram o descontentamento para a rua.
Durante duas horas manifestaram a sua indignação, com palavras de ordem onde afirmavam que a luta vai continuar.
“É justo e necessário o aumento do salário”; o público é de todos o privado é só de alguns”; a luta continua no hospital e na rua”; é preciso investir para o SNS resistir”, foram algumas das frases que se ouviram.