Pedro Nuno Santos, secretário-geral do Partido Socialista, disse hoje, na Covilhã, que os jovens da região devem perceber a importância de ter um hospital com um Serviço de Medicina Reprodutiva, numa altura em que a infertilidade atinge muitos jovens casais. O líder socialista garantiu, ainda, que os jovens podem criar o seu projeto de família no Interior.
“Precisamos de investir na medicina reprodutiva, mas é importante que os jovens do Interior saibam que têm aqui um Centro Hospitalar ao seu lado, a dar-lhes essa valência, e que podem, no Interior, ter o seu projeto de família construir o seu projeto de família. Essa é uma área muito importante para a juventude portuguesa e para mim também”, sublinhou.
O líder socialista falava aos jornalistas no final de uma visita ao Hospital Pêro da Covilhã.
A infertilidade “é um drama que os jovens casais enfrentam em Portugal”, disse Pedro Nuno Santos, frisando que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “tem de reforçar todo o seu investimento”.
“É um projeto de vida que está em causa e o SNS tem que estar mais presente do que tem estado, investindo na medicina reprodutiva”.
Esta sexta-feira, o SNS esteve na agenda do secretário-geral do PS, que salientou que “o número de aposentações, dentro de um ou dois anos, vai começar a cair de forma significativa”, algo que vai ter “consequências na capacidade de resposta do SNS”.
“Vamos conseguir mais médicos a exercer a sua atividade e isso é positivo para o SNS em Portugal”.
Em declarações aos jornalistas, Pedro Nuno Santos disse existirem soluções que se apresentam “como sendo boas soluções, mas são soluções muito perigosas para a própria gestão dos recursos públicos”. O socialista deu, como exemplo, o vale-consulta, uma solução que “preocupa”.
“A partir da primeira consulta, o Estado deixa de conseguir controlar o que acontece a seguir. Nós colocamo-nos nas mãos de terceiros, portanto, a melhor forma de o Estado gerir bem os seus recursos é continuar a investir no SNS”, explicou.
Antes da visita ao Hospital Pêro da Covilhã, o líder socialista esteve numa arruada, que decorreu entre o Largo da Infantaria XXI e a Praça do Município, onde relembrou que o que está em causa nestas eleições “é muito importante”.
“É construir futuro, é avançar, mas não dar nem um passo atrás e, infelizmente, aquilo que temos vindo a ouvir, não só de dirigentes da Aliança Democrática (AD), mas também do próprio líder, é altamente preocupante. Isso também está em jogo nestas eleições”, frisou.
Ao longo do trajeto, Pedro Nuno Santos foi falando com covilhanenses, que manifestaram apoio. Alguns anteciparam-lhe um “futuro de primeiro-ministro”. O líder socialista procurou, no entanto, moderar os ânimos a quem lhe disse que “é quase uma certeza” que o PS vai vencer as eleições.
Apesar das várias promessas de voto que foi recebendo, Pedro Nuno Santos ouviu, também, algumas queixas, nomeadamente ao nível da habitação. O secretário-geral do PS defendeu que é preciso continuar a “aumentar as pensões e os salários e travar aqueles que cortaram”.