Câmara da Covilhã “honra o papel e o trabalho” de 109 associações do concelho

“Honrar o papel e o trabalho que as associações desenvolvem na cidade e no concelho” é o grande objetivo do Regulamento de Apoio ao Associativismo, salientou José Miguel Oliveira, vereador que detém este pelouro na Câmara Municipal da Covilhã. O município disponibiliza uma verba global de 360 mil euros para as 109 associações com candidatura aprovada.

Na cerimónia de entrega dos contratos-programa às coletividades, que teve lugar hoje, dia 6, José Miguel Oliveira revelou que, para a autarquia, esta é uma iniciativa que “faz todo o sentido para enaltecer o trabalho dos dirigentes”, explicando que se trata de um “incentivo”.


Durante a sua intervenção, o autarca frisou que este trabalho com as coletividades do concelho começou há seis anos, quando foi aprovado o primeiro regulamento de apoio ao associativismo, que permitiu que os apoios sejam “transparentes e justos”.

“Concluímos que era necessário deixar de ter associações a serem apoiadas consoante o conhecimento A ou B ou por conhecerem melhor ou pior os corredores da Câmara Municipal, mas sim passar uma mensagem às associações de que o trabalho delas é que vai fazer depender aquele que é o seu apoio”, disse.

José Miguel Oliveira, reconheceu, no entanto, que “não está tudo bem”, sublinhando que existem objetivos “que foram traçados em conjunto e não estão a ser cumpridos”, nomeadamente a academia de formação dos dirigentes, que “não está a ter a adesão pretendida”, e a plataforma do associativismo, criada com o objetivo de “aumentar a confiança entre os munícipes e a autarquia”, mas que “não está a decorrer de acordo com o esperado”.

Ainda neste sentido, o vereador da Câmara da Covilhã revelou que o regulamento vai ser alvo de alterações ainda este ano.

“Umas alterações pedidas por vocês [dirigentes] e outras porque sentimos que era necessário mudar. Vai ser, à imagem do que foi o primeiro, um processo participado, onde vos queremos ouvir, sentir e perceber os aspetos que concordam menos e mais. Acima de tudo, que seja um documento que volte a espelhar aquilo que é o associativismo na nossa cidade e concelho”, garantiu José Miguel Oliveira.

Em última nota, o autarca avançou que “existem condições para aumentar a verba nos próximos anos”, deixando um apelo aos dirigentes para que “continuem a desafiar o município e a apresentar projetos”.

Recordar que o município disponibiliza uma verba global de 360 mil euros, mais 40 mil que no ano passado, distribuída por três linhas de apoio: Atividade Regular, Investimento e Aquisição de Equipamentos e Atividade Pontual Supraconcelhia.

Das 109 associações, 14 candidataram-se ao regulamento pela primeira vez.