Jorge Vaz, atual líder da concelhia da Covilhã do PSD apresentou ontem, ao final da tarde, a sua recandidatura ao cargo.
Com o lema “A Covilhã Primeiro” o social-democrata apresenta-se a eleições internas com baterias apontadas às autárquicas de 2025.
Depois do “trambolhão” de 2013 e do pior resultado de 2017, Jorge Vaz frisa que o partido está, desde que foi a eleições internas em 2018, no rumo de um “crescimento consolidado”, que se traduziu em número de votos e de mandatos conquistados nas autárquicas de 2021.
Um crescimento “sustentado”, aponta o agora recandidato à Comissão Política Concelhia, vincando que é preciso “aproveitá-lo para continuar a crescer”.
Para reforçar o partido e trabalhar desde já o projeto autárquico Jorge Vaz apresentou a intenção de criar Conselhos Estratégicos Locais.
Trata-se de grupos de debate, nove diferentes, com outros tantos temas, nomeadamente, saúde, ordenamento do território, educação, inovação e empreendedorismo, investimento, ação social, agricultura florestas e ambiente, turismo, juventude e desporto. Grupos para os quais está a convidar pessoas externas ao partido que estão a aderir “em massa”, disse.
O objetivo é trabalhar vertentes diferentes elencando o crescimento do partido, a Câmara Municipal e as Freguesias, sublinhou Jorge Vaz.
Aponta que já foram dados os “primeiros passos para a construção do projeto autárquico”, numa reunião após as legislativas, em que participaram elementos do PSD, do CDS, e os eleitos pela coligação “Juntos Fazemos melhor” com que os dois partidos concorreram em 2021.
Detalha que uma segunda reunião já está agendada, para construir um projeto “abrangente e sólido para atrair a sociedade civil”.
“As eleições não se ganham com 100 ou 200 militantes. As eleições ganham-se na rua, convencendo as pessoas que o nosso projeto é válido”. “Queremos trazer outras forças políticas e movimentos cívicos. A segunda reunião já está a ser preparada, continuamos a potenciar a participação dos mais jovens e, obviamente, a preparar a lista dos candidatos”, disse
Jorge Vaz alerta que só com a união de todos, “se conseguirá construir um projeto global, motivador e, acima de tudo, ganhador”.
“Desenganem-se os que pensam que a decisão das eleições autárquicas se toma dentro do partido e muito menos se decide com compra de votos nas disputas internas”, diz, vincando que “quando se tentam validar estratégias politico-pessoais com estas manobras ficamos a saber tanto sobre quem as faz como sobre quem as permite”.
Foi com um apelo à união do partido que terminou a sua intervenção.
“Todos somos poucos para podermos tornar a nossa sociedade e o nosso concelho num projeto comum, agregador e motivador e, acima de tudo, vencedor. A Covilhã merece um projeto com estas características que permita desenvolver o Município como um todo. O PSD tem hoje condições para liderar esse processo. É essa a nossa missão e a nossa ambição”, sublinhou
Na sessão de apresentação, que decorreu numa unidade hoteleira da Covilhã, Pedro Torgal, que lidera a lista candidata à Mesa da Assembleia de militantes, avança que o órgão a que se candidata, ao contrário de um passado recente de que deu exemplos, irá trabalhar em articulação com a comissão política o agendamento das assembleias para garantir uma maior participação.
De resto, aproveitou para responder à critica de Leonor Cipriano, também candidata à concelhia da Covilhã, de que o partido se afastou dos militantes e simpatizantes, recordando o resultado de 2017, quando esta era vice-presidente da comissão, bem como assembleias de militantes realizadas só com a comissão, quando esta é a vice-presidente.
Concluiu que a equipa que lidera é “jovem e arrojada”, prometendo trabalhar para tornar o PSD Covilhã “mais forte e participado”.
Luís Santos, líder da distrital do partido, que deu início ao atual projeto que lidera o PSD Covilhã em 2018, afirmou estar presente na sessão “apenas como militante de base”, mostrando-se satisfeito com a vitalidade da secção que apresenta duas listas candidatas aos órgãos.
Recordando o caminho difícil feito desde 2018, sublinha que o partido está “muito melhor”, sublinhando o “empenho e dedicação” que permitem criar condições para ser vencedor em 2025.
“O empenho, a dedicação e muita humildade conseguiu juntar os cacos, criando o caminho de desenvolvimento que a Covilhã obrigatoriamente terá de ter um 2025, para que possamos liderar um projeto diferenciador e ganhador. Um caminho que não poderá ser só do PSD, mas que terá de ter no PSD a sua mola”, sublinhou.
A lista para a Mesa da Assembleia integra, como candidato a presidente, Pedro Torgal, seguindo-se Pedro Cerdeira e Carolina Rodrigues.
Para a Comissão Política Jorge Vaz é candidato a presidente, como vice-presidentes Vanda Ferreira e Luís Dias, como secretária Aida Fazendeiro e como tesoureiro Luís Rodrigues, os vogais são Gil Carvalheiro, José sardinha, Florência Pacheco, Mário pereira, Alexandra Paulino, Valéria García, Nelson Russo e Rubén Nascimento.
Uma lista que ainda não está fechada, e que irá ainda integrar, por inerência de cargo dois elementos da JSD, o líder de bancada Hugo Lopes, em representação dos TSD Francisco Castelo Branco e Ricardo Silva como primeiro eleito, explicou Jorge Vaz.
As eleições para o PSD Covilhã estão marcadas para dia 18 de maio.