Assembleia Municipal de Belmonte aprova contas de 2023. Oposição fala em “falta de execução”

A Assembleia Municipal de Belmonte aprovou, por maioria, o relatório e contas de gerência relativas a 2023, com a oposição a votar contra e a criticar a autarquia por falta de execução.

O documento foi aprovado com dez votos a favor (PS) e nove contra (PSD e CDU).


Acácio Dias, eleito pelo PSD, salientou o “equilíbrio financeiro entre receita e despesa, bem como a redução da dívida, à custa da cobertura das necessidades dos munícipes e ausência de investimento”.

“São exemplo as degradadas vias de comunicação, a rede de abastecimento de água, o estado de conservação de alguns edifícios, nomeadamente, o centro de saúde, e a falta de segurança contra incêndios nos diversos edifícios públicos”, disse Acácio Dias.

Para Luís Almeida, da bancada socialista, este é um documento “que espelha com o rigor necessário as contas do município em 2023”.

“Na sequência da estratégia definida nas grandes opções do plano e orçamento para 2023, o executivo tomou as medidas necessárias, com vista à execução dos projetos e ações inscritos naqueles documentos. A ação desenvolvida no ano transato mostra-se em linha com os grandes objetivos desde o início do mandato autárquico e que vem materializando os compromissos assumidos para com a população”, frisou.

Rosa Coutinho, única deputada municipal da CDU, sublinhou a baixa execução orçamental, que se centra nos 44%, “um valor inferior em três pontos percentuais face a 2022”.

“Regista-se uma diferença de mais de 3,8 milhões de euros nas receitas e 3,9 nas despesas, redução que é particularmente expressiva no campo das receitas de capital, com menos 3,2 milhões de euros face ao inicialmente previsto, significando, de novo, que aquilo que foi prometido fica por executar”, explicou.

A reunião do órgão teve lugar esta manhã na Câmara Municipal de Belmonte.