É objetivo da Câmara Municipal da Covilhã investir mais cinco milhões de euros na requalificação das escolas do concelho, totalizando 11 milhões de euros já investidos na área, revelou Vítor Pereira, presidente da autarquia, na última sessão da Assembleia Municipal da Covilhã.
Em causa estão as intervenções na Escola Secundária Campos Melo, cuja obra deverá começar este outono, o Jardim de Infância dos Penedos Altos, Escola Básica do Canhoso, Escola São Domingos “e restantes estabelecimentos de baixa frequência”.
A autarquia já investiu seis milhões de euros nas infraestruturas do concelho. Para além disso, investiu 700 mil euros em mobiliário escolar, material didático e equipamento informático.
Vítor Pereira falava na Assembleia Municipal, depois de um debate entre os vários grupos municipais sobre as instalações das escolas do 1º ciclo do ensino básico.
Vítor Reis Silva, da bancada municipal da CDU, salientou que “nem sempre as intervenções efetuadas correspondem às necessidades do projeto educativo das escolas e da população escolar e à melhoria das condições de trabalho dos docentes e crianças”, dando como exemplo a intervenção na Escola Secundária Frei Heitor Pinto.
“A escola precisava da construção de um pavilhão desportivo que desse resposta às necessidades da formação geral física e desportiva e ao curso técnico de desporto, que ali existe, como área de formação técnica e prosseguimento de estudos no Ensino Superior. A escola ficou com maior eficiência energética? É verdade, com produção de energia e ar condicionado nas salas de aula, com cobertura nova e paredes pintadas. Mas a intervenção resolveu a necessidade estrutural da escola para um aumento substancial da sua ação formadora na área da Educação Física e Desporto? Não, não resolveu, e nos espaços interiores e ginásios até piorou”, destacou o eleito pela CDU.
Fernando Pinheiro sublinhou a existência de mais alunos em cada turma, uma situação “difícil de gerir nas escolas com poucos professores”. Para o eleito da coligação Covilhã Tem Força, a solução passa por dar formação a pessoas desempregadas e colocá-las nas instituições.
“Continuamos com um número de desempregados bastante elevado e não se percebe porque é que não se dá formação e não se canalizam essas pessoas para as necessidades das escolas. Há situações pontuais que podem ser colmatadas com esta ideia”, explicou.
Joana Petrucci Rocha, da bancada municipal do CDS, refere a falta de investimento necessário nos edifícios escolares, nomeadamente ao nível de equipamento tecnológico e informático, mobiliário e demais equipamento escolar, quer nas salas de aulas quer no restante recinto escolar.
A eleita sublinha ainda a “falta de espaço dedicado à prática da atividade desportiva, espaços onde as crianças possam brincar em segurança nos intervalos das atividades letivas e locais adequado para as crianças fazerem as suas refeições”.
“No Canhoso, por exemplo, continuamos a ter um contentor instalado no recinto escolar em mais uma situação que de temporária parece passar a definitiva”, frisou.
Rúben Nascimento, eleito pelo PSD, considera que o município tem feito “um investimento a conta-gotas” nas instituições escolares.
“O balanço que fazemos é de um investimento a conta-gotas ou mesmo inexistente nas escolas de 1º ciclo e jardins de infância. Continuamos a ter infraestruturas com falta de conforto térmico, espaços desadequados para a prática de atividade física e falta de equipamentos informáticos”, disse.
Hélio Fazendeiro, líder da bancada socialista, disse ser “incontornável que as escolas do ensino básico e do 1º ciclo, embora ainda haja muito fazer, estão muito melhores do que em 2013, quando o PS chegou à Câmara Municipal”.
“Desde o 25 de abril, foi nestes mandatos que mais se investiu nas infraestruturas e na qualificação das escolas e creches do concelho”, vincou.
“Instalações das Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico” foi o tema do primeiro debate da última sessão da Assembleia Municipal da Covilhã, que teve lugar ontem, dia 25.