Mobilidade: Novos abrigos começam a ser instalados para a semana. Obras no silo-auto do SCC sem concorrentes

Os novos abrigos de passageiros começarão a ser colocados, nas paragens de autocarros da Covilhã, na próxima terça-feira, dia 11. Numa primeira fase, serão colocadas 50 estruturas, num processo que demorará cerca de dois meses.

Já o concurso público para as obras no silo-auto do Sporting Clube da Covilhã, que deveria reabrir em setembro, ficou deserto.


A informação foi avançada por Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, no habitual encontro com os jornalistas no final da reunião privada do executivo.

Os novos abrigos de passageiros eram para ter sido instalados em maio, mas “alterações de pormenor” na produção das estruturas atrasou o procedimento.

“Fomos à fábrica que está a produzir os abrigos para introduzir alterações de pormenor para satisfazer aquilo que pretendemos, mas estas fábricas têm muitas encomendas e as matérias-primas nem sempre chegam quando se pretende. É uma situação compreensível, mas a verdade é que este atraso nos ultrapassa”, explicou.

Segundo explicou Hélio Fazendeiro, chefe de gabinete de Vítor Pereira, o documento prevê a instalação de 100 abrigos de passageiros nos três primeiros anos de contrato. Os 50 primeiros serão já instalados e os restantes 50 serão instalados na próxima fase, ou seja, no próximo ano e meio, tendo em conta que já passou mais de um ano do início do contrato.

Quanto aos abrigos que não serão substituídos numa primeira fase e já estão degradados, haverá uma reparação pontual, avançou ainda Hélio Fazendeiro.

“Há abrigos que têm sido vandalizados e necessitam, urgentemente, de manutenção. Esta instalação de novos abrigos vai permitir, desde logo, retirar os antigos. Aqueles que estão em condições podem ser relocalizados e os que não estão em condições, o objetivo do município é recuperá-los e reinstalá-los nos locais onde não há abrigos”, disse.

Ainda sobre o sistema de mobilidade, o silo-auto do Sporting Clube da Covilhã também foi assunto. O espaço deveria reabrir em setembro, mas tal já não acontecerá, uma vez que o concurso público ficou deserto.

O valor base era de 199 mil euros e o prazo de execução era de 45 dias, mas não houve interessados.  

Para o autarca, a causa do concurso ter ficado deserto prende-se com a existência de “muitas obras a decorrer, não só na região, mas em todo o país, no âmbito do PRR, para além da inflação”.

“Toda a gente quer preços mais elevados para realizar obras que, num contexto normal, seriam realizadas por preços substancialmente inferiores”, sublinhou.

Vítor Pereira garantiu, no entanto, que a autarquia está à procura de uma solução que abrevie esta dificuldade, sem avançar mais pormenores.

As questões sobre o sistema de mobilidade da Covilhã, nomeadamente os abrigos e o estacionamento, foram levantadas por Pedro Farromba, vereador eleito pela coligação “Covilhã, Juntos Fazemos Melhor”, que voltou a manifestar o receio de que esta situação possa ser utilizada como “moeda de troca” num eventual pedido de indeminização.

“Continuamos muito preocupados com esta situação, não só pela falta de estacionamento, mas também, e principalmente, a possibilidade de este assunto poder servir de moeda de troca da concessionária”, salientou Pedro Farromba.

Fotografia: Atuais abrigos de passageiros