AM Fundão aprova contas consolidadas por maioria

A Assembleia Municipal do Fundão aprovou, por maioria, as contas consolidadas do grupo Município do Fundão, que integram as contas da empresa municipal Viver Fundão e outras participadas, na reunião realizada na sexta-feira, dia 28.

Na discussão do ponto Luís Batista (PS) destacou o valor injetado na empresa Municipal Viver Fundão para equilibrar contas, cerca de 386 mil euros, frisando que esta é uma prática corrente “nos últimos anos”.


Para o eleito socialista “se isto fosse uma empresa um bocadinho diferente diria que estamos no limiar da má gestão, como é uma empresa municipal se calhar há outros desideratos, ou então está a ser utilizada para outros fins, que não os originalmente pensados”, disse.

Margarida Gavinhos (CDU) frisa que a sua bancada “preferia que este ponto não existisse”, questionando para quando o fim desta empresa municipal.

Uma discussão que se deve realizar, respondeu Rogério Hilário (PSD), sublinhando que as duas visões existentes, uma de que tudo deve ser gerido pelo município e outra que defende a empresa municipal, devem ser discutidas, colocando na balança “a satisfação das necessidades prementes da população”.

“Em vez de termos a visão única, que é muitas vezes partidária, devíamos fazer uma reflexão sobre isso e o estudo iria indicar se as empresas municipais são, ou não, um fator de risco no futuro”, disse

Paulo Fernandes, presidente da Câmara Municipal do Fundão, sublinhou que os resultados da empresa municipal Viver Fundão tiveram um efeito positivo na redução da divida do grupo Município do Fundão.

“O efeito da consolidação é uma redução de divida superior. A nossa divida no município desceu cerca de 1 milhão de euros, na empresa cerca de 1,4 milhões, ou seja, na divida conjunta houve um efeito positivo na redução e no caso dos resultados, praticamente não mexeu”, disse.

Paulo Fernandes aponta ainda, tal como já tinha feito na apresentação das contas do município, que a consolidação de contas mostra que a performance do grupo está melhor que o previsto no Plano de Ajustamento Financeiro.

Os documentos passaram com 25 votos a favor, 3 contra e 8 abstenções.