Covilhã: Câmara abre novo concurso para construção de USF Estrela que vai servir 12 mil utentes

A Câmara Municipal da Covilhã aprovou esta manhã, por maioria, a abertura de novo concurso público para a construção da USF Estrela, no valor de 657 mil euros, mais 57 mil que o primeiro que não teve interessados. O prazo de execução da obra é de 300 dias.

A inflação e muita oferta no mercado devido às obras no PRR, e a escassez de mão de obra, são razões “transversais a todo o país” para que tal esteja a acontecer, apontou Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, após a reunião privada do executivo, no habitual encontro com os jornalistas.


Recordar que a obra prevê a requalificação de parte do antigo Acondicionamento Têxtil, edifício em frente ao estabelecimento prisional da Covilhã.

O autarca recorda que esta obra “é um compromisso, que permite proporcionar mais e melhores condições de saúde”, utilizando o slogan “saúde mais perto” para a descrever, mostrando vontade que esta “seja executada o mais rápido possível”.

A oposição votou contra a operação, “não por ser contra a USF”, sublinhou o vereador Pedro Farromba, mas por considerar que dado os valores envolvidos, entre a obra de adaptação, que é de apenas parte do edifício, e os 4 mil euros de renda mensal, seria preferível optar por construir “um edifício de raiz, em terrenos municipais e com melhor acessibilidade”.

“Com este custo tínhamos feito um edifício de raiz, complemente adaptado às necessidades que uma USF tenha”, sublinhou, concluindo que “não concordando nem com a localização nem com este tipo de intervenção o voto não foi favorável”. “A localização foi muito mal escolhida e certamente se voltará a falar deste tema quando começarem a chegar às reuniões de Câmara os trabalhos a mais e trabalhos complementares, disse frisando que “dos mais de 600 mil euros se irá chegar a um valor próximo de 1 milhão”, concluiu.

A construção de um edifício de raiz foi equacionada, disse Vítor Pereira, mas não se avançou porque esta operação, para além de permitir a instalação da USF num local com boas acessibilidades, caso da Estação de Caminho de Ferro e a Central de Camionagem nas proximidades, para além de ser servido pela rede de transportes urbanos, permite, também, “reabilitar património industrial, numa zona obre da cidade”, disse o autarca.

A autarquia ouviu os técnicos de saúde sobre a obra, vincou ainda o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, destacando que todos deram o seu parecer positivo.

Quanto às verbas envolvidas, sublinha que, não desvalorizando os montantes pecuniários, lutar pela saúde dos covilhanenses “nunca é caro”.

Realça que esta USF irá permitir cuidados de saúde a 12 mil utentes, o que evitará o “entupimento de urgências hospitalares”, uma vez que irá proporcionar “mais e melhores meios aos profissionais de saúde”.