Samuel Barata, atleta que nasceu na Suíça e radicado na Bouça desde criança, no concelho da Covilhã, vai estar a representar Portugal nos Jogos Olímpicos de Paris, na mítica Maratona Olímpica.
Conseguiu os mínimos para a participação na prova em dezembro, quando terminou a maratona de Valência com o tempo de 2:07.35 horas.
Em entrevistas recentes, a diversos órgãos de comunicação, Samuel Barata destaca todo o trabalho realizado para conseguir os mínimos para estar presente nos Jogos Olímpicos, o trabalho árduo para a sua preparação e faz um apelo aos portugueses para apoiarem os atletas olímpicos nacionais.
Sobre os objetivos para a aprova frisa que tem consciência de que não é o atleta favorito. “Vão estar 80 atletas à partida. Neste momento tenho a quinquagésima marca dos atletas inscritos. Há um lote de 10, 20 atletas favoritos, nomeadamente atletas africanos”, diz.
“A Maratona nos Jogos Olímpicos é uma maratona muito especial e esta [de Paris] é ainda mais porque é uma maratona com um percurso muito difícil, muito exigente. Vai ter uma altimetria que não é muito comum, vai ter muito sobe e desce, porque optaram em fazer a maratona a ir a Versailles e a voltar. E para quem não conhece Versailles, fica num alto, aliado ao calor e pode ser uma maratona em que vai haver surpresas”, realça o atleta.
“Ficar na primeira parte da tabela”, num “top 40 ou um top 30”, seria uma “classificação muito razoável”, aponta, sublinhando que trabalhou e treinou para mais.
A Maratona Olímpica Paris 2024, tem um percurso de 42,195 km, começará no Hotel de Ville, passando no quinto quilómetro pelo famoso museu do Louvre e, após vários trechos de paralelepípedos, chegará ao ponto mais fluido: a margem do Sena. A primeira grande dificuldade é no 20º quilómetro, com uma subida de 4% de inclinação. Na meia maratona, chegará em frente à residência de Rei Sol, Versalhes, para então alcançar a dificuldade altimétrica mais desafiadora: o 28º quilómetro, com uma inclinação de 13%. Este é o momento decisivo para os atletas em competição, que depois passarão pela Torre Eiffel no 38º quilómetro, antes da chegada na Esplanade des Invalides.
A prova homenageará um momento-chave da história da França e da Revolução Francesa – a Marcha das Mulheres em Versalhes em 5 de outubro de 1789. Esta marcha foi um evento revolucionário na história contemporânea da França, em que milhares de mulheres marcharam ao palácio do rei Luís XVI em Versalhes, forçando-o com sua família a retornar a Paris – onde as pessoas enfrentavam a fome. Luís XVI nunca mais deixou Paris e assinou a Declaração dos Direitos do Homem e dos Cidadãos, que ele se recusara a fazer anteriormente.