Os vereadores eleitos pela coligação “Juntos Fazemos Melhor” (PSD, CDS e IL), em comunicado, criticam a intervenção de Vítor Pereira, líder da Federação Distrital do PS e presidente da Câmara Municipal da Covilhã, nas jornadas parlamentares do PS.
No comunicado vincam que foi com “enorme estupefação” que constataram os pedidos feitos pelo “militante Vítor Pereira ao grupo parlamentar do seu partido”, nomeadamente que “no próximo Orçamento do Estado façam inscrever verbas para requalificar a capilaridade rodoviária dos nossos concelhos que tão degradada está”, “a concretização das infraestruturas rodoviárias, inter-regionais, que tardam para o nosso definitivo desencravamento” e “uma rede de transportes públicos que assegurem com regularidade, e a um preço aceitável, a conetividade das aldeias aos centros urbanos”.
Os vereadores referem que, sendo “presidente da Câmara da Covilhã há 11 anos, só agora se lembrou destes problemas, não o tendo feito nos últimos 10 anos em que o seu partido foi governo em Portugal, com apoios maioritários na Assembleia da República e, imagine-se, quando foi negociado o maior pacote financeiro de apoio da União Europeia a Portugal”.
Salientam que é “uma enorme falta de tato, de jeito ou diria mesmo de honestidade política que só agora, quando o PS está na oposição, se tenha lembrada dos reais problemas do nosso concelho e da nossa região”.
Salientam ainda que no concelho o próprio negociou “um contrato leonino e ruinoso de suposta mobilidade, que fez disparar os preços dos autocarros, que impôs estacionamento tarifado, que desenhou bicicletas nas estradas a que chamou ciclovias, que investiu em carregadores de bicicletas e trotinetas sem que estas existam e que, como os Vereadores da PSD/CDS/IL têm afirmado várias vezes, ainda vai ser muito penalizante para os covilhanenses”.
Salientam ainda que um cidadão que resida numa das freguesias mais periféricas tem que ter mais que um passe para poder circular de autocarro com um custo de mais de 100 euros mensais
Os vereadores concluem que “quando se fala na defesa do interior e da resolução dos problemas de todos nós que cá vivemos, a coerência política é de enorme importância, independentemente de quem esteja a governar em Lisboa”.
foto arquivo RCC