Belmonte quer que a Infraestruturas de Portugal, IP, recupere as estradas afetadas pelas obras na Linha da Beira Baixa. O presidente do município já por diversas vezes abordou o tema em reuniões do executivo, vincando que é uma injustiça que o concelho sofra as consequências da passagem dos camiões das obras na Linha da Beira Baixa e nada receba para as reparar.
Esta quinta-feira, dia 22, em declarações aos jornalistas no final da reunião pública o autarca voltou a frisar o tema.
Lamentando a falta de verbas para arranjo nas estradas nacionais, o autarca salienta ainda este caso particular do concelho de Belmonte.
“Fizeram-se autoestradas em Portugal onde não passam carros, e as estradas nacionais, que fomos obrigados a recebe-las, agora não há verbas para as arranjar. E em Belmonte há uma situação particular. As viaturas que transportavam materiais para a Linha da Beira Baixa e que agora andam na linha da Beira Alta é que nos estão a partir das estradas”, acusa.
O autarca frisa mesmo que só pode ser “brincadeira” a proposta apresentada pela IP, nomeadamente, de “ceder a estrada desde o limite do concelho, na Gaia, até ao limite com o concelho da Covilhã, na ponte sobre o Zêzere, com a contrapartida de 25 mil euros”, detalha.
Um lamento que já tinha sido feito em fevereiro, mas que não teve desenvolvimentos.
António Distas Rocha pretende reunir com o Ministro das Infraestruturas no início de setembro para obter respostas sobre esta matéria.
“Vou explicar o que tenho explicado aos técnicos dele, que dizem que andam, mas não andam, fazem que andam, mas nada”, acusa.
A Câmara Municipal de Belmonte reivindica, junto das Infraestruturas de Portugal, o arranjo das estradas do concelho que foram fortemente afetadas pelo tráfego de camiões durante a intervenção na Linha da Beira Baixa, um tema a discutir com o Ministro que tutela a pasta das Infraestruturas.