PRR aprova 2 milhões para projeto de residências colaborativas em Caria

A Câmara Municipal de Belmonte conseguiu a aprovação da candidatura feita ao PRR, para o projeto de residências colaborativas a construir em Caria, no valor de dois milhões de euros.

Durante a reunião pública do executivo esta quinta-feira, 22, António Dias Rocha, presidente da CMB, destacou que é necessário avançar rapidamente com o projeto, uma vez que se trata de construir uma estrutura necessária para o concelho e para a região.


O edil sublinha que os dois milhões de financiamento poderão não ser suficientes, alertando que a autarquia terá que fazer face aos restantes.

“A câmara tem que ter [a verba] porque este tipo de estrutura faz falta. Temos que proporcionar aos nossos idosos todas as condições. Eu já reconheço o grande trabalho que é feito pelas IPSS’s do concelho, que têm feito um excelente trabalho, mas faz falta mais. Tudo o que fizermos para proporcionar melhores condições a quem já tanto deu a Belmonte é bem-vindo e é um esforço que tem de ser feito. E se puder servir para a região também fico satisfeito, Belmonte não é uma ilha”, concluiu.

Trata-se de uma solução diferente de uma ERPI, em que serão criados apartamentos, que permitem maior autonomia dos utentes, podendo alguns optar até por confecionar as próprias refeições. Terá capacidade para 60 utentes.

O edifico e o terreno para a sua implementação, que tinham sido cedidos à Misericórdia para a construção do projeto inicial para utentes com demência, que, entretanto, foi abortado, já voltaram à posse do município, que irá realizar a obra que posteriormente será gerida pela Misericórdia.

José Manuel Caninhas, provedor da Misericórdia de Belmonte mostra-se convicto que até final do ano haverá obras no terreno, explicando que falta avançar para os projetos de especialidade para lançar o concurso.

O responsável sublinha que por ser uma obra financiada pelo PRR terá que estar concluída até ao final de 2026, se o prazo não for prorrogado pela União Europeia.

O projeto resulta de um conceito importado da Dinamarca, onde está a ter muito êxito, pois permite um envelhecimento ativo e com qualidade, explicou o provedor.