A segurança na cidade da Covilhã voltou a ser tema na reunião de Câmara, que decorreu na passada sexta-feira, dia 20 de setembro.
No decorrer da intervenção do público, alguns munícipes trouxeram o tema da segurança para a mesa, referindo que o problema não foi resolvido e que muitos dos donos de estabelecimentos da zona do Jardim Público se sentem inseguros e tiveram de começar a fechar portas mais cedo e a contratar segurança privada.
Vítor Pereira, Presidente da Câmara Municipal da Covilhã, recordou que deu instruções imediatas para que o Jardim Público fosse provido de mais iluminação e que o problema está a ser resolvido.
“Mais iluminação no Jardim Público foi uma instrução que imediatamente dei ao senhor diretor de obras e planeamento, que me disse que é reconhecidamente um problema e está a trabalhar nele. A instalação elétrica que está no subterrâneo do jardim já tem muitos anos, o jardim já foi requalificado há muitos anos e precisa de ser objeto de uma requalificação de melhoramento porque essa instalação começará a estar deteriorada e já não suporta a potência que é necessária para que esteja bem iluminada”, explica o autarca.
Além da melhoria ao nível da iluminação, e à semelhança de declarações anteriores, Vítor Pereira voltou a reforçar a ideia da implementação de videovigilância nas zonas mais críticas da cidade. No entanto, esta é uma medida que não depende apenas da Câmara.
“Estamos a trabalhar também noutra frente, que é a de implementar videovigilância. A videovigilância é um processo que não depende só e apenas da Câmara, depende de vários pareceres e, desde logo, da PSP que terá de emitir um parecer favorável no sentido de ela ser instalada nos sítios críticos. Até porque a videovigilância colide com direitos, liberdades e garantias dos nossos concidadãos. Se por um lado visa proteger quem esteja exposto à violência, por outro lado também está a ser intrusiva na privacidade que cada um deve ter e tem direito a ter. Portanto, este equilíbrio tem de ser gerado”, esclareceu.
Pedro Farromba, vereador eleito pela coligação “Juntos Fazemos Melhor”, acredita que a falta de segurança na cidade “é um problema que se resolve ou se empurra com a barriga” e sugere que se convoque imediatamente uma reunião com o Ministério da Administração Interna, porque “o que os covilhanenses querem ações concretas e rápidas para que este problema seja resolvido”.
“Nós podemos ou empurrar com a barriga ou resolver. Eu sugeria, ao senhor Presidente, que pedisse de imediato uma reunião com o Ministério da Administração Interna porque este é um caso grave, um caso que põe em risco a vida dos cidadãos e é um caso que altera aquilo que é hoje a noção e a perceção que os covilhanenses têm da segurança”, afirma.
Vítor Pereira considera que uma reunião com o Ministério da Administração Interna seria “despropositada” e que colocaria em causa o trabalho das forças de segurança pública.
“Como é que é despropositada a intervenção do Ministério da Administração Interna. Isto era um atestado de minoridade às nossas polícias e às nossas forças de segurança, que são homens e mulheres que dão o seu melhor, que todos os dias estão a fazer o que podem e o que não podem para nos defender. Mas a reunião serviria só e apenas para que a senhora Ministra ou o senhor Secretário de Estado dê-se instruções às polícias que estão cá para fazerem o melhor que sabem. Que é aquilo que eles estão a fazer”, explica.
O Presidente da Câmara Municipal da Covilhã assegura aos munícipes que esta situação “é uma grande preocupação” e que está “no topo das nossas prioridades”.