42.ª edição do Festival de Teatro da Covilhã celebra 50 anos do Teatro das Beiras

Entre 7 e 16 de novembro o Teatro das Beiras realiza a edição 42 do Festival de Teatro da Covilhã, uma iniciativa que este ano assinala os 50 anos da companhia covilhanense, que, recorde-se, começou como Grupo de Intervenção Cultural da Covilhã, GICC, passando depois a Teatro das Beiras.

No programa encontram-se sete espetáculos de teatro, três deles para público escolar, um colóquio e dois concertos. A apresentação do livro “50 Anos” e uma homenagem a Fernando Landeira são outros momentos marcantes.


O livro, apresentado no início do festival, dia 7 às 18:00, passa em revista os 118 espetáculos produzidos, com sinopse, fotos e fichas técnicas, contendo ainda textos de figuras marcantes que passaram na companhia, explicou Fernando Sena, diretor do Teatro das Beiras.

Realça que com a publicação se ilustra “o trabalho, criatividade e diversidade” do que se fez no Teatro das Beiras, sublinhando que este mostra, também, que “houve sempre a vontade de fazer coisas novas e ir mais além”.

No livro encontram-se ainda outras iniciativas do Teatro das Beiras, como festivais, encontros de dança e outros. “É a história do Teatro das Beiras e do GICC”, sublinha Fernando Sena.

No primeiro dia de festival realce para a atribuição do nome de Fernando Landeira ao anfiteatro do Teatro das Beiras, “uma homenagem justa”, foi dito durante a apresentação do festival.

“O Fernando Landeira foi um ator marcante para a companhia, não só pela qualidade do seu trabalho, mas também pela sua entrega ao coletivo do Teatro das Beiras”, disse o responsável, salientando que este esteve ao serviço da companhia covilhanense durante 17 anos. “Era justo que ficasse na memória das pessoas, para além do tempo em que ele aqui esteve a trabalhar”, sublinhou.

Um festival de teatro que celebra, também, os 50 anos do 25 de Abril, e onde se fala, e canta, a liberdade.

Primeiro com o concerto de Manuel Freire, dia 7 às 23:00 no Teatro das Beiras, e, no dia 8, com o colóquio de Fernando Alves, para falar sobre o jornalismo depois do 25 de Abril.

“Queremos falar do que era a comunicação social antes e depois. Quais as transformações que houve, qual a responsabilidade do 25 de Abril e dos profissionais para que houvesse essa mudança. Queremos falar do que é trabalhar em liberdade, mesmo para um jornalista”, explicou Fernando Sena.

O colóquio está marcado para as 18:30, de dia 8 de novembro, no Teatro das Beiras, seguindo-se às 21:30 o concerto com os Quarteto Dela.

O programa de teatro começa dia 7, com a peça “A grande imprecação diante das muralhas da cidade”, de Tankred Dorst, pelo Teatro das Beiras, às 21:30 no Teatro das Beiras.

No dia 9 de novembro, o Cegada Teatro apresenta “Num País Onde Não Querem Defender Os Meus Direitos, Eu Não Quero Viver”, de Heinrich Von Kleist, no Auditório do Teatro das Beiras, às 21:30.

No dia 11 de novembro iniciam-se as apresentações para o público escolar com o espetáculo “A Porta do Céu”, de Nodar Dumbadze, pela Companhia de Teatro de Braga, no Teatro das Beiras, local onde, no dia 13 de novembro, o Teatro Extremo apresenta “Avó grilo e o catavento”.  

A 14 de novembro o espetáculo “Respirar (doze vezes)”, de Marie Suel, uma coprodução do Teatro Art’Imagem, Teatromosca e La Tête Noir, no Teatro Municipal da Covilhã, encerra as apresentações para a infância.

No Auditório do Teatro das Beiras, dia 15 de novembro, Ivo Alexandre, que estará pela primeira vez na Covilhã, apresenta “Adalberto Silva Silva”, de Jacinto Lucas Pires.

O Festival de Teatro da Covilhã termina, no dia 16 de novembro, com “El pozo de los mil demonios”, de Maribel Carrasco, pelo Karlik danza teatro, no Teatro Municipal da Covilhã.