Covilhã avança com Regulamento de Apoio às Instituições Sociais

A Câmara Municipal da Covilhã está a iniciar o procedimento para elaborar um regulamento de apoio às Instituições Sociais, anunciou hoje Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal, na abertura do 4.º encontro Covilhã Social, que decorre ao longo do dia no Salão Nobre da Autarquia.

“A Câmara Municipal da Covilhã irá iniciar o procedimento para a elaboração de um Regulamento Municipal de Apoio às Instituições Sociais, tendo em vista estimular a participação e a inovação na área social e também uma maior igualdade, equidade e justiça na atribuição desses apoios”, disse.


Na sua intervenção o autarca destacou o trabalho dessas instituições, vincando que “são parceiras essenciais” no apoio aos que mais precisam.

“São parceiros/as essenciais para que aqueles que mais precisam nos variados domínios possam ter uma resposta adequada aos seus problemas, preocupações e necessidades”.

Salientando o “orgulho” de ter na Covilhã “um universo de entidades sociais forte, empreendedor e criativo, que contribui decisivamente para o desenvolvimento sustentável do território”, salienta que este regulamento é o assumir de um compromisso para “facilitar, promover e fortalecer o trabalho em rede”, tendo como finalidade proporcionar melhores condições de vida.

“O Regulamento Municipal de Apoio às Instituições Sociais poderá, e deverá, assumir mais amplamente o compromisso de facilitar, promover e fortalecer o trabalho em rede e a procura conjunta de caminhos e soluções no âmbito Social, sempre com o intuito de garantir a proteção dos grupos socialmente mais desfavorecidos, sempre com o objetivo maior de assegurar melhores condições de vida à população do nosso Concelho”, vincou.

Vítor Pereira sublinhou o papel da “ação social” como pilar da democracia, tema escolhido para debater durante este quatro encontro da Covilhã Social, vincando que um território, “por mais rico que possa ser, jamais alcançará o verdadeiro desenvolvimento se não tiver em conta as pessoas e as suas necessidades”.

“É reconhecendo esse papel crucial, que avançamos agora com um instrumento normativo, através dos qual será induzida a necessária planificação dos apoios a conceder e a essencial transparência nos processos de decisão, reforçando, desse modo, a relação de confiança e de cooperação que deve existir entre as instituições sociais e a Autarquia.

“Um passo que contribuirá para cimentará esta relação que existe não em prol de A ou B, mas em prol das pessoas”, concluiu.

Sobre o encontro Covilhã Social, que tem como tema “Ação Social Como Pilar da Democracia” Vítor Pereira sublinha que este tem como principal objetivo a partilha de boas práticas nesta área.

“Queremos promover a partilha de boas práticas e projetos, reforçando, assim, a importância da intervenção e participação comunitária e reconhecendo o valor social e humanitário das entidades e instituições do nosso Concelho, as quais consideramos fundamentais para a coesão social do Território”, vincou na sua intervenção.

Uma ideia partilhada por todos os que participaram nesta sessão de abertura.

Mário Raposo, reitor da UBI, destacou a ação social como vital para a democracia, porque fortalece a cidadania ativa, defendendo que a relação entre a ação social e o Estado deve ser de complementaridade e de colaboração.

Sónia Almeida, coordenadora nacional da Garantia para a Infância, sublinhou o papel que todos devem ter como agentes de ação social, chamando cada um a agir para a meta de “retirar da condição de pobreza 160 mil crianças até 2030”

Glória Pinheiro, representante do diretor regional da Segurança Social, parabenizou a Câmara Municipal da Covilhã pela iniciativa e pelas temáticas escolhidas para debater ao longo do dia.

A terminar, João Casteleiro, presidente da Assembleia Municipal da Covilhã e da ULS Cova da Beira, salientando que cada vez se vive mais anos, e olhando mais para a questão do idoso, realça que, para além das patologias o grande problema é o abandono.

“O maior problema não é a solidão, há quem goste de viver sozinho, o maior problema é o abandono, a sociedade tem de ter o cuidado de não abandonar as pessoas, porque quando as pessoas se sentem abandonadas, aí é que sim, aí é o fim”, disse.

Hoje o programa deste encontro centra-se em comunicações e debates no Salão Nobre, amanhã, sexta-feira, dia 11, terá como placo o Centro de Atividades onde decorrerão oficinas temáticas ao longo do dia.