A Câmara Municipal do Fundão estima que os prejuízos dos incêndios, ocorridos em setembro, rondem os três milhões e meio de euros, avança Paulo Fernandes.
Na reunião de câmara, que aconteceu ontem, o Presidente da Câmara Municipal do Fundão fez um levantamento dos estragos causados pelos incêndios, admitindo que, até ao momento, contabilizam perto de dois milhões de euros de prejuízos associados às vertentes públicas.
“Queria dar-vos conta daquilo que foi, até agora, o levantamento feito em termos dos estragos. Nós temos, neste momento, perto de dois milhões de euros de prejuízos associados às vertentes públicas. Ou seja, questões de caminhos agrícolas, florestais, passagens, pontes, passagens hidráulicas, muros, muretes. Tudo isso, obviamente, no seguimento do fogo e também da intervenção ficou muito danificado. São muitíssimos quilómetros que temos nos tais mil hectares que ficaram danificados”, afirma.
Quanto às vertentes privadas, Paulo Fernandes contabiliza, até ao momento, cerca de dois milhões de euros de prejuízo, perfazendo o total de 3,5 milhões de euros, somando as vertentes públicas e privadas.
“Na outra vertente são cerca de dois milhões. No somatório andamos perto dos três milhões e meio de euros de prejuízo até agora. Na parte privada temos alguma agricultura chamada familiar, algumas hortas, olivais, por exemplo, que foram danificados ou destruídos. Pondera muito, para este valor, a parte florestal porque cerca de 70% de toda a área ardida era pinhal adulto e 70% de pinhal adulto, em mil hectares, é uma perda de valor muito grande a todos os níveis”, garante o autarca.
O Presidente da Câmara Municipal do Fundão admite que “o valor ainda possa aumentar ligeiramente”, sendo que “às vezes só passadas semanas ou meses se verificam” todos os prejuízos.
Após a questão levantada por Joana Bento, vereadora eleita pelo PS, sobre as medidas de apoio e mitigação de impactos de incêndios rurais decretadas pelo Governo, nos períodos ocorridos de 15 a 19 de setembro, deixando de fora o incêndio ocorrido a 13 de setembro no concelho do Fundão, Paulo Fernandes lamenta a situação. O autarca acredita que essa questão possa ter sido um lapso e assegura que já tomou medidas para que seja resolvida.
“Pelo sim e pelo não, hoje de manhã mandámos uma missiva para o Ministério da Coesão, para o seu gabinete, para alertar que detetámos isso. Se for mesmo assim, que se altere. Se for uma questão interpretativa que, obviamente, esclareça essa questão. Pelo sim e pelo não já nos posicionámos. Vamos aguardar que essa questão seja resolvida ou nos seja esclarecida”, assegurou.