O Sporting Clube da Covilhã perdeu em tribunal o caso do aluguer dos silos auto à Bragaparques e terá de pagar à Autoridade Tributária mais de 89 mil euros de IVA em dívida, acrescidos de juros e possíveis coimas.
O caso foi tornado público na Assembleia Geral do clube, durante a discussão das contas da época passada.
Sérgio Passarinha, técnico oficial de contas, explicou que o caso tem a ver com o contrato de arrendamento do silo celebrado com a Bragaparques, detalhando que este foi feito como se se tratasse de um arrendamento, logo, isento de IVA.
A Autoridade Tributária não teve esse entendimento, apoiando-se no facto de que os silos já tinham sido explorados e se tratava de um contrato de cedência de exploração e não de arrendamento.
O caso corria há 10 anos e a AT ganhou, detalhou o responsável pela apresentação das contas do Sporting da Covilhã.
Apesar de a Bragaparques ainda ter liquidado cerca de 40 mil euros de IVA (dois anos de arrendamento) ao Sporting da Covilhã, estes não foram abatidos na dívida que corria em tribunal e o clube tem agora de liquidar ao Estado cerca de 89 mil euros, mais juros e possíveis coimas, ascendendo a mais de 135 mil euros no total, foi explicado durante a assembleia.
Recordar que o silo auto do Sporting da Covilhã passou para a Parqc (Bragaparques) em 2004.
Na altura foi tornado público que as dificuldades financeiras do clube, agravadas com as quebras de receitas do silo-auto após a abertura, à época, do novo parque de estacionamento no centro da cidade. “Um prejuízo à volta dos dez mil euros com os gastos da manutenção, o pagamento de seis funcionários, bilhetes e despesas correntes como a água, luz e o telefone”, explicou João Petrucci, à época presidente do Sporting Clube da Covilhã.
A cedência de exploração foi aprovada em reunião da Câmara Municipal da Covilhã, em fevereiro de 2004, com o voto favorável da maioria Social Democrata e a abstenção do PS.