Congresso reúne os maiores especialistas para debater “Inovação para a longevidade” no Fundão

Nos dias 18 e 19 os maiores especialistas, e os projetos de maior relevo na área do envelhecimento ativo e saudável, vão participar no primeiro “Congresso Internacional Inovação para a longevidade”, do Fundão, foi sublinhado durante a conferência de imprensa de apresentação do evento.

Alcina Cerdeira, vereadora com o pelouro da ação social na Câmara Municipal do Fundão, explicou que o congresso surge no seguimento das várias respostas que o município tem vindo a criar, para dar resposta às necessidades da população, que, sublinhou, tem um índice de envelhecimento muito elevado, na ordem dos 321.


“Temos sempre que procurar respostas que criem melhores condições de vida para a nossa população”, apontou.

O congresso irá debater “o que faltava” noutros certames semelhantes”, disse a autarca, explicando que se pretende “refletir e propor soluções que contribuam para a longevidade”.

“Tem como objetivos a partilha de conhecimento, promover intercâmbio de informações e de experiências entre académicos, profissionais e decisores políticos, apresentar boas práticas e estratégias que têm vindo a ser implementadas em várias partes do mundo”, disse, frisando que se pertente, também, “fomentar parcerias”.

Dulce Esteves, em representação do AgeINfuture – Centro de Referência para o Envelhecimento Ativo e Saudável do Interior, consórcio que integra as quatro instituições de ensino superior da região, nomeadamente, a UBI e os politécnicos de Castelo Branco, Guarda e Viseu, sublinha pertinência de debater este tema numa altura em que o paradigma do envelhecimento está a mudar.

Realça que a própria União Europeia está a abandonar o termo “envelhecimento” para adotar a longevidade, para realçar a “necessidade de respostas que se adaptem a esta mudança”.

“Porque as pessoas vivem mais tempo, mas não é só viver mais tempo, é viver mais tempo com qualidade, que é o que se pretende”, vincou. Explica que “hoje em dia uma pessoa de 75 anos não é velha, é ativa, está nas redes sociais, faz a sua vida, é autónoma”.

“Temos que perceber que este paradigma que está a mudar e temos que perceber que as pessoas que vão ter 80 anos daqui a 5 ou 6 anos não são as mesmas que hoje têm 80 anos, têm outras exigências, outra cultura, outro saber estar e as respostas têm que se adaptar”, vincou, para realçar a importância de debater o tema em congresso

Dulce Esteves salienta que no encontro do Fundão, estarão “os maiores especialistas na área”, considerando-o “um congresso de topo”, realça ainda os três grandes temas a debater: saúde, economia e respostas sociais.

Durante o congresso será entregue o prémio “Inovação para Longevidade”, criado numa parceria entre a CCDRC e a AgeINfuture, cujo concurso decorreu nos últimos meses e que contou com centenas de participantes.

Catarina Rondão, coordenadora do projeto Memo Move no Município do Fundão, realçou a importância de conhecer as boas práticas, a nível nacional e internacional, nas três grandes áreas a desenvolver durante o congresso.

Sublinha que para colmatar a lacuna de outros eventos do género, “não haverá só palestras”, contando com uma área muito abrangente de expositores.

“Teremos uma área de expositores que consideramos ser importantes para o envelhecimento, nomeadamente, a nutrição, o exercício físico, o sono, a estimulação cognitiva e a vertente social. Para nós é gratificante porque achámos que era uma lacuna que existia. Em outros congressos havia só empresas ligadas à reabilitação, achámos que era redutor e quisemos trazer tudo o que é necessário antes de chegar a esse ponto”, disse.

O congresso vai decorrer no Centro de Negócios do Fundão, e terá ainda uma componente de programa cultural inserido no festival Amália que decorre no Fundão entre 18 e 20 de outubro.

Programa completo e inscrições AQUI