A filarmónica Recreativa Cortense, de Cortes do Meio, no âmbito das celebrações dos 125 anos, organizou uma das iniciativas mais “impactantes” das celebrações, juntando na aldeia, durante a tarde de sábado, dia 9, perto de 300 músicos, no 1.º encontro de bandas que promoveu.
Às oito bandas convidadas, nomeadamente a Sociedade Lírica Moitense, a Associação Filarmónica Montalvense 24 de Janeiro, a Sociedade Filarmónica Oleirense, a Banda Academia de Santa Cecília (São Romão), a Música Nova (Manteigas), a Banda da Covilhã, a Banda Filarmónica do Paul e a Banda Filarmónica Estrela (Unhais da Serra), juntou-se a anfitriã, e em conjunto mostraram o que está na essência das filarmónicas: “Tocar na rua e fazer música para o povo”, sublinhou, em declarações à nossa reportagem, Alexandre Barata.
“Foi bastante impactante”, disse o presidente da direção da banda. “Foi bom estar na companhia das nossas congéneres, das bandas amigas. Nós já participámos em alguns encontros organizados por elas e na passagem destes 125 anos proporcionou-se organizar este encontro”, explicou, vincando que “são estas arruadas, é o tocar na rua, que é a essência das bandas e é isso que todos os músicos das filarmónicas, todas as bandas, gostam de fazer”, assegurou.
Um encontro que começou e terminou junto à sede da Filarmónica Cortense, uma casa que a instituição utiliza, mas em que ainda faltam alguns acabamentos, apontou o presidente, dando conta que se costuma dizer que é preciso, sobretudo, haver gente para a usar, e, neste caso, ela existe. Só faltam as obras.
“A casa precisa ser acabada, mas também não nos podemos esquecer que é preciso elementos para a usar. Neste momento temos elementos que cheguem. Temos a escola de música a funcionar que é o nosso garante de futuro, e nesta altura o nosso anseio é acabar a obra”, disse.
Uma opinião partilhada pelo presidente da Junta de Freguesia de Cortes do Meio. Jorge Viegas detalha que faltam apenas alguns acabamentos, orçados em menos de 100 mil euros, e que “agora, mais que nunca, estão reunidas as condições para terminar, basta haver vontade do poder político”, disse.
“O mais importante é haver gente e nesse ponto a filarmónica tem feito um trabalho extraordinário, que é desde muito cedo cativar as crianças para a escola de música. Essa parte está ultrapassada. Falta concluir um dos seus anseios, que é terminar a sede. Estão mais do que nunca reunidas as condições para a acabar, haja vontade do poder político”, disse, apontando que apesar de os orçamentos terem aumentado nos últimos anos “com menos de 100 mil euros se conseguiria terminar a obra”.
As celebrações dos 125 anos da Filarmónica Recreativa Cortense prosseguem no próximo fim de semana com diversas atividades, entre elas um almoço convívio, a realizar a 16 de novembro, pelas 13:00. Antes tem lugar a romagem ao cemitério, a eucaristia e um momento musical.