Covilhã oficializa geminação com Castanheira de Pera

Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, e António Henriques, presidente da Câmara Municipal de Castanheira de Pera, formalizaram esta quinta feira, dia 14, a geminação entre as duas cidades, numa cerimónia que decorreu no salão Nobre dos Paços do Concelho, após um debate sobre debuxo, um elo comum entre as duas cidades.

Com esta geminação pretende manter-se os laços permanentes para dialogar, trocar experiências, desenvolver projetos comuns, favorecer a partilha de conhecimento e os fluxos económicos entre os dois concelhos e reforçar o desenvolvimento do tecido empresarial, entre outras ações.


Vítor Pereira, recordando que as ligações entre as duas cidades “se perdem no tempo” e incluem a rota da neve da Covilhã para Lisboa, para “refrescar a corte” e que já na altura fazia paragem em Castanheira de Pera, até ao passado comum nos lanifícios, com os debuxadores que saíam das fábricas, e das escolas, da Covilhã a rumarem para a indústria de Castanheira de Pera.

Sublinha que outro dos elos comuns é que, um e outro território, sabem “tirar partido do que têm em comum, os seus recursos”.

O autarca realçou a “vontade” que existe de continuar a criar sinergias em comum.

“Há uma coisa que temos e que partilhamos com grande intensidade que é o facto de sabermos tirar partido do que de melhor temos: os nossos recursos”, disse.

Sublinha que pode “haver muita afinidade, mas se não houver vontade não há convergência de interesses”, dando conta que a vontade que existe “é fundamental para que surjam sinergias com troca de experiências mais intensas”, por exemplo do ponto de vista académico, “fazendo perdurar no tempo o que começou no passado com a Escola Campos Melo”.

António Henriques, por parte de Castanheira de Pera sublinhou que é importante que este acordo “permita alavancar o futuro coletivo” dos dois territórios.

Sublinha que é objetivo que o conhecimento e a experiência que a Covilhã tem adquirido na área têxtil, e o passado comum que existe até de transações comerciais, que está retratado no Museu de Lanifícios, consigam, no futuro, “alimentar empresas, e os territórios”, uma vez que “o grande desafio da atualidade é demográfico e sem empresas não se consegue contribuir para que estes territórios se mantenham”.

O autarca também frisou a vontade de “manter vivos os objetivos que estão no acordo de geminação”.