A Câmara Municipal de Penamacor aprovou hoje o orçamento para 2025 no valor global de 23.8 milhões de euros, mais 2 milhões que o de 2024.
O orçamento “mais ambicioso” dos seus mandatos, assegurou o presidente da autarquia, sublinhando que tal só é possível graças ao “conforte financeiro” que existe na tesouraria penamacorense.
“Temos um aumento de cerca de 1 milhão de euros do Orçamento do Estado, que, aliado ao grande conforto de tesouraria que temos, permite que possamos apresentar um orçamento ambicioso, o mais ambicioso desde que sou presidente de câmara”, disse António Luís Beites, apontado que foi também “o mais difícil de elaborar por haver muitos projetos em curso e com compromissos a transitar para o ano seguinte”.
Do ponto de vista estratégico, afirma que “é o orçamento que está mais capacitado para ter um excelente grau de execução”.
Um município que está bem financeiramente, sublinha, dando conta que, ainda este ano, irá liquidar os empréstimos, deixando apenas o referente aos trabalhos de requalificação do Teatro Clube.
“Até 31 de dezembro iremos liquidar todos os empréstimos. Para 2025 apenas transitará o empréstimo feito para a requalificação do Teatro Clube, via IFRU, e porque foi uma condição para garantir o financiamento comunitário”. Sublinha que se trata de “um milhão de euros e esta será a única dívida bancária do município”, o que irá “libertar despesa corrente” que poderá “ser canalizada para outras prioridades e a sua transformação em despesa de capital se for o caso”, disse.
Um orçamento que segue a estratégia dos anos anteriores, com uma forte aposta na habitação, disse o autarca, sublinhando a construção e reabilitação de vários edifícios, alguns já em curso, e a elaboração de loteamentos para construção, apontando que “o que faz falta a Penamacor é oferta habitacional”.
“É dentro deste reforço da centralidade que temos feito para a Vila de Penamacor que sentimos que faz falta oferta habitacional, quer no âmbito da oferta já construída quer de lotes para construção. Teremos que regulamentar esta opção, dando preferência a casais jovens que se queiram fixar e que tenham essa oportunidade de ter áreas para construção”, disse.
A ampliação e monitorização da rede de água no concelho é outra das obras para continuar em 2025, esclareceu o presidente da Câmara Municipal.
Na área da promoção turística, outra das apostas da autarquia, estão previstas obras de requalificação e ampliação do Museu Municipal e de outros edifícios que foram adquiridos para esse fim na vila, disse António Beites, vincando que o objetivo é levar mais gente, e durante mais tempo, a Penamacor. Uma promoção que deve tirar também partido das potencialidades da Serra da Malcata, e dos cercados de Lince Ibérico que podem ser criados em breve.
“Queremos um pacote global em termos da promoção turística do concelho e da Vila, para que quem nos queira visitar possa passar mais dias, nunca descurando, porque estamos com essa condição já em cima da mesa, o processo de Cogestão da Serra da Malcata junto com Município do Sabugal e o próprio ICNF”.
No orçamento está também previsto o reforço de apoios às associações culturais, desportivas e recreativas do concelho, bem como aos Bombeiros Voluntários de Penamacor, foi explicado durante a reunião pública do executivo.
Na requalificação viária destaque para a estrada 233, entre a rotundo dos Combatentes, em Penamacor, e Águas, cujo concurso público está a decorrer.
Também a requalificação do Lagar de Aldeia do Bispo, o reforço na aposta das zonas de lazer e a requalificação do Jardim da República, estão contemplados nas obras previstas.
A requalificação das Termas da Fonte Santa, em Águas, será também para avançar, uma vez que as questões legais que envolviam o usufruto dos terrenos e balneário termal estão ultrapassadas, foi também explicado.
Na área da saúde pretende-se a conclusão do “Penamacor Saúde” um seguro para todos os habitantes de Penamacor, para complementar os serviços do SNS, cujo concurso público está a decorrer.
Serão também avaliados no início do ano as intenções das IPSS fazerem investimentos na área da terceira idade para equacionar os apoios.
Um orçamento “equilibrado”, repartido em cerca de 50% entre despesa corrente e despesa de capital, concluiu o presidente.
Os documentos foram aprovados pela maioria socialista na Câmara Municipal uma vez que a oposição não esteve presente na reunião. Segundo disse no início dos trabalhos o presidente da Câmara, um dos vereadores alegou motivos de saúde, e o outro alegou indisponibilidade profissional pedindo substituição, o que não foi possível em tempo útil uma vez que o pedido chegou aos serviços municipais na tarde anterior à realização da reunião.