No âmbito da iniciativa nacional “A Terra Treme” o Serviço Municipal de Proteção Civil da Covilhã promoveu esta manhã um simulacro de sismo na Escola Básica 2º e 3º Ciclo do Paul, que envolveu os cerca de 170 elementos da comunidade educativa presentes entre alunos, cerca de 140, e pessoal docente e não docente da escola.
Ao toque da campainha foram executados os três gestos que salvam, “Baixar, Proteger e Aguardar”, seguindo-se a evacuação da escola, dirigindo-se todos para o ponto de encontro, neste caso o campo de jogos da escola.
Uma lição bem estudada e executa na perfeição pelas 10 turmas que, ordeiramente, saíram das salas e se dirigiram ao ponto estabelecido.
Os alunos, em declarações aos jornalistas, dizem-se “mais seguros” depois de terem estes conhecimentos, prometendo “levar a mensagem para casa”.
“Vou dizer aos meus pais que temos que ter um kit de emergência”, “que temos que manter a calma até chegar o socorro”, temos que “procurar sítios mais seguros”, “temos que criar um ponto de encontro na família”, foram alguns dos testemunhos recolhidos.
Exercícios “cada vez mais necessários e importantes”, sublinhou o coordenador do Serviço Municipal de Proteção Civil, Luís Marques, recordando as imagens que nos têm chegado da vizinha Espanha.
“É extremamente importante nós sensibilizarmos a população e esta estar preparada para se auto ajudar em caso de alguma catástrofe”, disse. “É importante que esteja informada para saber o que fazer enquanto os meios de socorro não chegam, porque em caso de sismo, por exemplo, é impossível que se chegue rapidamente a todo o lado”.
O melhor meio de levar a mensagem mais longe é começar pelos mais pequenos, nas escolas, sublinhou ainda o responsável, frisando que o que se pretende é que “através deles a mensagem chegue a casa” e todos tenham “uma cultura de segurança”.
Luís Marques também avança que o Serviço Municipal de Proteção Civil aproveita esta ocasião para treinar o plano de emergência da escola, ficando com a certeza que desta maneira “os miúdos estão mais preparados, já fizeram pelo menos uma vez os gestos que devem depois repetir”.
O responsável recorda que, no caso do concelho da Covilhã, estas ações decorrem em escolas diferentes, e que o Serviço de Proteção Civil passa em todas as escolas, precisamente para reforçar a necessidade de todos estarem preparados para enfrentar emergências sem pânico.
“As alterações climáticas têm vindo a demostrar que certas situações vêm a acontecer cada vez com mais frequência e nós temos que estar cada vez mais preparados e preparar cada vez melhor a nossa população. Nós não vamos conseguir estar em todo lado”, alertou.
O exercício “A Terra Treme” “obriga a que todos os anos este exercício seja feito, relembrando a toda a gente que temos que estar preparados”, sublinhou.
Joaquim Garcia, coordenador da Escola do Paul, considerou que o exercício é de “importância extrema” pela “sensibilização e consciencialização” que provoca nos alunos.
Sublinhando que já “há algum tempo que não se fazia nenhum exercício desta natureza na escola”, frisa que até final do ano irá repetir-se o teste ao plano de emergência para que “numa situação real não seja o «salve-se quem puder», não se entre em pânico que é o que pode causar damos”, disse.
Depois do teste ao plano de emergência da escola, os 28 agentes de proteção civil no local, entre Bombeiros, PSP, GNR, elementos da ANEPC e Proteção Civil Municipal, fizeram uma demonstração de meios, um dos momentos sempre aguardados pelos alunos.