A terceira edição da Semana Criativa da Covilhã está oficialmente aberta com atividades a decorrer até dia 14. Tendo como mote “A Cidade e o Design”, a iniciativa arrancou com a inauguração de uma mostra “fora da caixa” para interpelar a comunidade.
Como acontece desde a edição um, o arranque da Semana Criativa tem lugar a 8 de novembro, Dia Municipal da Cultura na Covilhã, porque foi nesse dia que a cidade entrou oficialmente na rede de Cidades Criativas da UNESCO.
A Semana Criativa já se tornou “um marco no calendário anual” e é um dos que “melhor materializa o compromisso que a autarquia assume com a valorização da arte, da inovação e da criatividade”, disse Vítor pereira, durante a cerimónia de abertura do evento, que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
O autarca sublinha que a edição de 2024 reflete o compromisso em continuar esse caminho.
“A Semana Criativa da Covilhã reflete o compromisso em continuar este caminho e consolidar o nosso município como um verdadeiro polo criativo e cultural centrado no design. Este evento é a prova viva de que a criatividade não é apenas uma ideia abstrata, mas sim uma força concreta e poderosa, capaz de transformar mentalidades e impulsionar o desenvolvimento económico e fomentar o bem-estar coletivo”, disse.
O autarca vincou, ainda, que a Semana Criativa 2024 “não é apenas mais uma edição, mas sim o resultado do trabalho de toda uma comunidade que acredita que a Covilhã tem potencial para figurar no mapa criativo do país e do mundo”.
Com uma programação diversificada, que de ano para ano “fica mais rica e mais ambiciosa”, sublinhou também Vítor Pereira, apontando que os próximos dias irão proporcionar momentos de boas práticas que valorizam a especificidade da Covilhã, enquanto cidade criativa da UNESCO.
Com enfoque, também, na “sustentabilidade e no design responsável”, a Semana Criativa pretende inspirar, motivar e mover, sublinhou.
“Que esta terceira edição da Semana Criativa da Covilhã nos inspire, nos desafie e nos mova”, frisou o autarca, esperando que “daqui resultem novas ideias, novas parcerias e, sobretudo, uma renovada vontade de continuar a transformar a Covilhã. Que continuemos a afirmar em pleno a nossa presença no mapa do mundo do design”, concluiu.
Uma edição que, literalmente, traz “o design para a rua”, sublinhou Regina Gouveia, Vereadora da Cultura no Município, apontando que o objetivo é chegar a um “segmento da população” que tem andado arredado das iniciativas propostas.
“E para conseguirem valorizar o design que nós já somos e temos, precisamos atingir muitos segmentos desta comunidade, aqueles que não temos conseguido trazer na proporção que desejamos às exposições, aos conteúdos das semanas criativas anteriores, são esses segmentos que nós queremos mesmo tentar atingir nesta terceira edição”, vincou, salientando que a solução para tal foi “colocar o design na rua, porque, assim, é mais fácil interpelar a comunidade”.
A autarca referia-se à exposição “Design Encaixa”, patente na Praça do Município que, “numa perfectiva didática”, mostra o trabalho de alunos e profissionais da área, com curadoria de Vasco Pinho.
“Design Encaixa” apresenta o resultado dos desafios criativos desenvolvidos pela Escola Profissional e Agrícola Quinta da Lageosa, Escola Profissional de Artes da Covilhã, Escola Secundária Campos Melo, Escola Secundária Frei Heitor Pinto, Escola Secundária Quinta das Palmeiras, alunos dos cursos de Arquitetura, Design e Têxtil da Universidade da Beira Interior e empresas Gigarte, Graph & Co., Joalpe, Tecnat e WD Retail.
É o resultado de um desafio interessante que foi juntar alunos e profissionais de renome da área, sublinhou Vasco Pinho na inauguração da mostra.
José Páscoa, vice-reitor da Universidade da Beira Interior, destacou, na sua intervenção, a criatividade como motor para o desenvolvimento, sublinhando a importância deste evento para libertar “das amarras” que o pensamento criativo precisa.
“É necessário haver um momento de criatividade, liberto de amarras”, disse, vincando que o que a Semana Criativa está a fazer, com o programa que apresenta, “é colocar uma cidade que, tradicionalmente, era muito monolítica, ligada ao têxtil, perante uma situação divergente, o que às vezes não é muito facilmente apreensível e aceite pelas pessoas, mas isso é necessário. É necessário alterar essas mentalidades”, disse.
A terceira edição da Semana Criativa da Covilhã decorre até dia 14 com propostas diversificadas como exposições, concertos, visitas orientadas, performances, palestras, oficinas práticas, entre outros. Pode consultar o programa completo AQUI