O Diafragma – Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais – vai decorrer na Covilhã entre os dias 11 de janeiro e 9 de março e conta com a exposição de obras de 62 fotógrafos de sete países. A “Liberdade” é o “mote inspirador” desta terceira edição do certame.
Regina Gouveia, vereadora com o pelouro da cultura na Câmara Municipal da Covilhã adiantou que “a Liberdade está a passar por aqui”, frase da canção “Maré Alta” de Sérgio Godinho, é a grande “âncora” do Diafragma. A vereadora destacou a exposição “50 anos de Liberdade, 50 fotógrafos”.
“A liberdade tem a âncora no 25 de abril e neste tema de Sérgio Godinho, mas vai além dessa âncora histórica, para ser muito mais do que a liberdade de expressão, a liberdade de pensar. É a liberdade de sermos cidadãos participativos nesta democracia que temos”, revelou.
Nelson Marmelo e Silva, diretor artístico do Festival, explicou que pegou no tema da liberdade no sentido em que ser livre permite que exista liberdade de criação.
“Todas as exposições que eu trago são exemplares da liberdade de criação. Todas as exposições e todas as fotografias andam à volta dos temas da paisagem, aquecimento global, alterações climáticas, da repressão política, da censura, do machismo, do colonialismo, da vigilância e do poder do estado”, acrescentou.
O festival apresenta 12 exposições individuais e uma coletiva da autoria de um total de 62 fotógrafos de Portugal, Espanha, Brasil, África do Sul, Angola, Senegal e Islândia.
Além da contemplação das exposições, e à semelhança de edições anteriores, fazem parte da programação do Diafragma: conversas, conferências, música, cinema e oficinas em escolas (Frei Heitor Pinto, Quinta das Palmeiras e Campos Melo).
A terceira edição do certame dá “dois passos em frente”. A primeira novidade é a criação do I Concurso de Fotografia Diafragma Covilhã, que tem como intuito “despertar para a fotografia” como “instrumento para a área do design”, e a segunda tem a ver com o “diafragma sair à rua”, através da realização de uma exposição outdoor.
Regina Gouveia destacou, ainda, a formação para docentes “ARTEconTEXTO: As Artes Visuais e a Narrativa Poética em Contexto Educativo”, por Estela Rodrigues, e a apresentação ao público do documentário “Covilhã – Terra de Tecidos, Memórias e Pessoas, com curadoria e textos de Gonçalo M. Tavares.
O Diafragma, organizado pela Câmara Municipal da Covilhã, vai decorrer em vários locais, nomeadamente na Galeria António Lopes, no Foyer do Teatro Municipal da Covilhã, na Rua António Augusto de Aguiar (Mercado) e na Casa da Cultura José Marmelo e Silva (Paul).