O Orçamento e as Grandes Opções do Plano da Freguesia da Boidobra para 2025 foram aprovados, por maioria, na reunião do órgão que decorreu sexta-feira à noite.
Henrique Gigante (PS) afirmou que o orçamento para 2025 não traz “inovação” nem “visão para o futuro”. Apesar disso, a aprovação do documento, por parte do Partido Socialista, representa “um gesto de responsabilidade”.
“É verdade que não é um orçamento que traga inovação, uma visão marcante de futuro, mas reconhecemos o cumprimento das funções mínimas de assegurar a gestão corrente até ao final do mandato (…). A nossa aprovação deste orçamento é um gesto de responsabilidade, não porque este documento seja exemplar, mas porque entendemos que não há espaço para bloqueios institucionais que prejudiquem o normal funcionamento da freguesia”, justificou.
No entanto, Henrique Gigante assegurou que a aprovação do orçamento “não deve ser confundida como um endosso à forma como esta gestão foi conduzida ao longo do mandato”. Um mandato marcado por “estagnação” e “sem projetos estruturantes que criassem bases para o futuro”. Gigante destacou, ainda, que o PS quer ver “projetos que valorizem o território, que invistam no emprego local e no apoio social, na cultura e na sustentabilidade”, concluiu.
António Freitas, presidente da mesa, mas falando enquanto eleito da coligação Juntos Fazemos Melhor, acredita que existe falta de diálogo e que “não basta pegar nas ideias dos outros para não as cumprir”.
“Não basta acreditarmos que aquilo que é a proposta de orçamento num ano resolve o orçamento dos anos seguintes. Sempre nos manteremos firmes relativamente a essa questão (…). Não basta, em época pré-eleitoral, pegarmos nas ideias de outros para não as cumprir (…). Tudo se faz para que não haja diálogo e os fregueses não beneficiam com isso”, garantiu.
Marco Gabriel, presidente da Junta de Freguesia da Boidobra, tem dúvidas que alguma Junta de Freguesia apresente esta proposta tão detalhada quanto aquela que aqui se apresenta” e defendeu-se das críticas, garantindo que “este documento é a prova de que nós sabemos dialogar”. “Aquilo que aqui está é o nosso compromisso, independentemente do último ano de mandato”, justificou.
O orçamento, no valor de cerca de 430 mil euros, foi aprovado com 5 votos a favor e 2 votos contra.