Parque solar com mais mil hectares na zona de Mata da Rainha preocupa população

A comunidade da Mata da Rainha está preocupada com um parque solar previsto para a zona, com mais de mil hectares.

Carla Romão esteve na reunião pública da Câmara Municipal do Fundão, na segunda-feira, dia 16, e questionou Paulo Fernandes sobre o processo.


Segundo o presidente da Câmara Municipal do Fundão trata-se de um investimento privado, que apanha os municípios de Penamacor, Idanha-a-Nova e Fundão e que segundo autarca não obteve declaração de Projeto de Interesse Nacional, PIN, por parte da comissão, por não reunir as condições, “nomeadamente ambientais”.

“A nossa posição desse ponto de vista é claro, temos restrições no Plano Diretor Municipal, para utilização do solo quando tem aptidões agrícolas e quando há proximidades de aglomerados urbanos ou questões patrimoniais”, explicou o presidente da Câmara.

O autarca sustenta que “dificilmente o município dará qualquer parecer que não esteja condicionado ao estudo de impacto ambiental”.

Salienta que a empresa já apresentou à Câmara, numa primeira abordagem, o projeto e Paulo Fernandes vinca que é essencial saber o que vão fazer em termos bioclimáticos para compensar a questão da água, seja uma barragem que possa servir toda a comunidade, ou que modelos de mitigação da redução de humidade na região, entre outros temas que considera importantes para salvaguarda da comunidade e da paisagem.

Paulo Fernandes detalha que as entidades, entre elas a Câmara Municipal do Fundão, acabaram todas por alinhar nestas questões e por isso deram parecer negativo ao Projeto de Interesse Nacional, o que “irá ao encontro do interesse da comunidade” uma vez que este terá de ser alterado.

O autarca, contudo, alerta que não ter conseguido o PIN, “é um entrave importante, mas não é um travão total ao processo”.

A população da região já entregou um abaixo assinado na Assembleia de Freguesia da UF de vale Prazeres e Mata da Rainha para evitar uma votação sobre esta matéria, antes da população ser ouvida.

Um abaixo assinado que Paulo Fernandes solicitou que fosse enviado para a Câmara Municipal do Fundão.

Foto arquivo