A Plataforma P’la Reposição das SCUTS na A23 e A25 está hoje a colocar faixas nas principais entradas destas autoestradas onde relembra “os que nunca desistiram e sempre resistiram” na luta pela reposição das SCUTS no Interior.
Em conferencia de imprensa realizada numa das rotundas de acesso à Covilhã, Luís Garra voltou a apontar que “a luta é pela reposição das SCUTS, vias sem custos para o utilizador” e é esse estatuto que se reclama para a A23 e A25.
“Há uma questão que para nós é fundamental, não basta eliminar portagens, é preciso que a eliminação das portagens signifique reposição das SCUTS. Com pórticos, ou sem pórticos é a questão menos importante”, disse, realçando, no entanto, que “se não houver pórticos tanto melhor. Se lá ficarem aquilo que vamos lutar é para que façam parte da história, para quando passarmos por eles nos lembrarmos de quem sempre resistiu e nunca desistiu. Que são os que têm autoridade moral para falar em vitória”, disse.
Garra realça que estes pórticos serão um memorial “ao esbulho” que foi feito ao interior e a todos os territórios servidos por estas vias.
A falar em nome da Plataforma, Luís Garra também relembrou que a abolição de portagens, que entra em vigor a 1 de janeiro, acontece contra a vontade do atual Ministro das Infraestruturas e do Governo, frisando que o organismo continuará “alerta e atento”.
“Estamos alertas, estamos atentos e vamos continuar cá”, disse.
Tal como já tinha feito durante uma recente conferência promovida na Covilhã, a Plataforma detalha que a partir de agora a “sua batalha e a batalha de todo o Interior” será por um “plano de mobilidade”.
“Nós estamos num patamar neste momento que é o de aumentar o grau de exigência para que haja um plano de mobilidade ferroviária e rodoviária, com sistemas intermodais para todo o Interior”, disse.
Trata-se de um plano para a Beira Interior, que já vem do passado e que a Plataforma já tinha entregue ao Governo Socialista, quando João Galamba detinha a pasta das infraestruturas, que foi atualizado à nova realidade e que vai ser apresentado ao Atual Governo, vincou Luís Garra.
Avançou, ainda, que as ações promovidas hoje pela Plataforma, com conferencias de imprensa simultâneas na Guarda e na Covilhã e a colocação de faixas de agradecimento aos que lutaram, é um “ato simbólico”. “Os que nunca desistiram são os que aqui estão, são os que desde a primeira hora tiveram a lucidez e a coragem de avançar contra a introdução de portagens na A23 e A25”, disse.
A Plataforma P’la Reposição das SCUTS é composta pelas Uniões dos Sindicatos de Castelo Branco (USCB) e da Guarda (USG), Associação Empresarial de Castelo Branco (AEBB), Núcleo de Empresários da Região da Guarda (NERGA) e Empresários pela Subsistência do Interior (ESI).
Aos jornalistas Luís Garra lembrou ainda as autarquias que estiveram sempre ao lado da sua luta.