Da mesma forma que tornou pública a intenção de se demitir da direção do Sporting Clube da Covilhã no último sábado, perante os jornalistas, Marco Pêba, também numa declaração à comunicação social, disse que “no associativismo não há irrevogáveis”, voltando atrás “no pedido de afastamento” por ser “o melhor para o Sporting Clube da Covilhã”.
“Considerando as consequências que poderiam resultar de tal tomada de posição, sustentadas por um enorme espírito de solidariedade que recebi dos mais variados quadrantes” e “tendo em conta que na vida e no associativismo não existem irreversíveis e, considerando o trabalho que tem de continuar a ser realizado, tendo como objetivo único os interesses e o futuro do Sporting Clube da Covilhã”, apontou, vincando que “retira o pedido de demissão”, uma vez que, face “à grande motivação gerada pelas manifestações de confiança que recebi, não vejo motivos” para manter essa posição, está descrito na comunicação que leu.
Na conferência de imprensa realizada hoje no Estádio Municipal José Santos Pinto, na presença de dois elementos da Mesa da Assembleia Geral, Marco Pêba disse que a decisão de se demitir foi tomada na sexta-feira, após conhecer o castigo aplicado ao clube pelo Conselho de Disciplina.
Relata que antes do jogo em Caldas da Rainha falou com Francisco Moreira, presidente da Assembleia Geral, e que formalizou o pedido por email no domingo.
Depois de falar com a assembleia geral e a direção percebeu que “todos estavam com o Sporting Clube da Covilhã” e com “o presidente da direção” e por isso recuou.
Quanto ao tornar pública a sua intenção no sábado, garante que se tratou de um ato “impulsivo, uma forma de exprimir o que sentia na altura”.
“Não foi uma forma de chamar a atenção dos adeptos, foi uma forma de exprimir o que sentia, e se calhar foi um bocadinho impulsivo. Sou um homem de ideias fixas, mas quando vejo que é para o bem de uma instituição que tem 101 anos e quando vejo as pessoas a dizer que é melhor estarmos como estamos tomei esta decisão (de continuar) e acho que é a melhor”, reiterou.
No encontro com os jornalistas Francisco Moreira garantiu que fez todas as diligências para acabar com a possível “crise” diretiva.
Marco Pêba também assegura que continua para cumprir a promessa que fez aos sócios de apresentar, até final do ano, um plano estratégico para o futuro, o que vai acontecer dia 18.
Apesar das conhecidas dificuldades financeiras garante que os jogadores têm os salários em dia, avançando que “até final do ano” isso está garantido, para o restante da época “são os sócios que vão decidir”, disse, referindo-se às quatro soluções que integram o plano estratégico que vai apresentar na Assembleia Geral, sendo que uma delas terá de ser aprovada.
“Temos que ter recursos, alguma das soluções vai ter que ser aprovada, está a ser desenvolvido um grande trabalho na parte financeira e eu não podia deixar este trabalho a meio sem o apresentar”, disse.
A assembleia-geral do Sporting da Covilhã está marcada para dia 18, às 20:30, no Auditório Municipal da Covilhã.
Quanto ao castigo de cumprir um jogo à porta fechada vai acontecer já no próximo jogo em casa.