O núcleo concelhio da Covilhã do Bloco de Esquerda (BE), em nota de imprensa, “manifesta o seu veemente repúdio pelo aumento das tarifas dos transportes públicos na Covilhã, uma decisão tomada pela concessionária Transdev com a anuência, ainda que tácita, da Câmara Municipal”, vinca o partido.
Na nota dá conta que os aumentos “penalizam de forma desproporcional a população e não contribuem para a melhoria da mobilidade no município. Pelo contrário, agravam problemas associados, como a exclusão social, a poluição atmosférica, o congestionamento viário, o ruído urbano e o aumento do consumo energético”.
Sublinhando que é preciso “promover a coesão territorial entre as freguesias”, fomentado “o uso dos transportes públicos”, o BE aponta que o caminho deve ser “a ampliação da oferta, a redução de tarifas, a cobertura de áreas desassistidas e a diversificação e integração dos diferentes modos de transporte”.
Refere que o aumento na Covilhã é superior ao limite máximo da Taxa de Atualização Tarifária para 2025, impondo-se um “aumento desproporcionado”, quando outros municípios seguem uma direção oposta, optando pela gratuitidade e a descida, dando como exemplo Lisboa, Porto, Setúbal e a CIM Oeste.
Conclui que a Câmara Municipal da Covilhã, “ao desrespeitar as diretrizes da AMT e as orientações do Orçamento do Estado, reflete uma total falta de compromisso com a promoção de um transporte público acessível e inclusivo”, exigindo a “reversão dos aumentos aplicados; transporte público acessível e de qualidade e criação de um plano progressivo com vista à Tarifa Zero regional”.