Todos os cenários estão em cima da mesa para colmatar a lacuna que o encerramento do Colégio das Freiras vai deixar na cidade com o encerramento em agosto, embora nenhuma seja muito favorável na corrida contra o tempo, uma vez que todas requerem obras, foi dito ontem no final da reunião conjunta entre Autarquia, Segurança Social e Comissão de Pais.
O infantário Bolinha de Neve, encerrado há alguns anos e cujo edifício pertence ao Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, pode ser alternativa, bem como o espaço onde funcionou o infantário Cozinha Económica, pertença da Santa Casa da Misericórdia da Covilhã, encerrado há cerca de uma década.
A continuidade de um infantário no mesmo local, opção preferida pelos pais, gerido por outra instituição, também está a ser equacionada.
“Estamos a trabalhar todos, no sentido de não descartar nenhuma possibilidade que seja exequível, sendo certo que o senhor diretor da Segurança Social já foi adiantando que os critérios regulamentares são muito apertados para novas instituições ou novos espaços”, disse Vítor Pereira aos jornalistas no final da reunião.
No encontro conjunto que as três entidades mantiveram com os jornalistas no final da reunião, Nuno Maia, Diretor Regional da Segurança Social, explicou que se outra instituição passar a gerir a Fundação Imaculada Conceição (Colégio das Freiras) serão necessários novos acordos de cooperação com a SS e, sempre que tal acontece, esta tem que garantir que as instalações são as adequadas.
“Para o desenvolvimento de qualquer resposta social é preciso instalações licenciadas, atualmente temos um acordo de cooperação celebrado com as Doroteias para aquelas instalações, havendo um novo acordo de cooperação há sempre a necessidade de avaliar as instalações”, disse, esclarecendo que estes acordos “não podem ser transferidos”.
Nuno Maia garantiu que irá analisar junto do Instituto de Gestão Financeira SS a questão do Bolinha de Neve, estando “ainda a estudar” a forma de gestão, caso esta opção avance.
Sublinha que a reunião de ontem foi “exploratória” para ver quais as possibilidades que há no terreno.
Questionado sobre a resolução do caso até 31 de agosto, garantiu que tudo farão para que isso aconteça.
Os pais, nesta reunião, voltaram a frisar que o seu objetivo é “encontrar uma solução que sirva os interesses da cidade, dentro do que for possível, porque este é um problema da cidade”, preferindo manter as crianças no mesmo espaço, “mesmo numa solução transitória”, sublinhou Alda Gomes.
Por parte da Câmara Municipal, embora sublinhando que não é competência, Vítor Pereira vinca que a autarquia se disponibilizou para a mediação, no sentido de encontrar uma solução, disponibilizando também, “apoio financeiro e logístico” para a operação.
Questionada sobre as vagas na cidade para acolher estas crianças, Regina Gouveia, vereadora da educação, detalhou que na cidade “não há vagas para creches” e “há lista de espera”, embora sem conseguir detalhar o número porque “a mesma criança pode estar inscrita em várias instituições”. Para pré-escolar afirma que não há vagas no setor público, mas há no setor social.
Vítor Pereira salienta ainda que seria “desejável” que a solução a encontrar tivesse em linha de conta os cerca de 30 funcionários da Fundação Imaculada Conceição.
Todos os intervenientes sublinharam que esta foi uma primeira reunião, avançando que serão agora estudadas todas as possibilidades, mesmo as hipóteses dos vários particulares e instituições públicas da cidade que já se disponibilizaram a ajudar.
Ontem mesmo a Comissão de Pais manteve nova reunião com a direção do Colégio das Freiras que mantém como definitivo o encerramento a 31 de agosto.
Recordar que a Congregação das Irmãs Doroteias anunciou na sexta-feira, dia 10, aos encarregados de educação o encerramento do denominado “Colégio das Freiras” a 31 de agosto. Na instituição há 45 crianças na valência de creche, 80 no pré-escolar e 55 em ATL. A instituição tem 30 funcionários.