Câmara da Covilhã admite comprar silo auto do Sporting da Covilhã

Vítor Pereira admite que há a possibilidade de a Câmara Municipal da Covilhã adquirir o silo auto do Sporting Clube da Covilhã, mas tudo dependerá, entre outros fatores, do preço.

“É uma possibilidade, mas para haver uma compra e venda tem de haver vontade recíproca”, disse. Confrontado com o facto de que o clube já disse que pretende vender, realça que ainda assim “para chegar a bom porto é preciso estar de acordo com o valor”.


A avançar com esta operação, que é somente uma possibilidade, frisou o autarca, terá que haver uma avaliação independente e objetiva. “O Município não irá adquirir só por adquirir, ou por qualquer montante. Tem que ser por um montante razoável. Defendemos sempre o interesse público”, alertou.

Declarações no final da reunião de terça-feira, dia 14, em que foi aprovada a abertura do concurso para realização de intervenções no silo, no valor de cerca de 300 mil euros, nomeadamente para instalações elétricas, avac, sistemas de deteção de incêndio, de monóxido de carbono e exaustão de fumos.

As obras serão pagas pela Câmara, numa estrutura que, sublinhou vítor Pereira, “ainda não é nossa”, levando os jornalistas a questionar a possível compra.

Os vereadores da coligação “Juntos Fazemos Melhor” mostram preocupação com o facto de o silo fazer parte da concessão de estacionamento e não estar disponível.

“É com enorme preocupação que vemos isto. O contrato de concessão continua em andamento, daqui a amanhã a empresa irá reivindicar o aumento das zonas tarifadas ou o aumento das tarifas, porque o silo esteve fechado este tempo todo”, disse Pedro Farromba.

O vereador mostra também apreensão pelo facto de a verba investida acontecer num edifício que não é da Câmara.

Sobre esta matéria Vítor Pereira recorda que a pandemia veio perturbar “o início, o desenvolvimento e a concretização da concessão” e que isso “gera obrigações por parte da concessionária” e, por isso, tem de se compaginar tudo para não haver leituras parciais ou unívocas e fora de contexto.

Sublinha que este, como todos os contratos, não é perfeito e que não há nenhum que não possa ser alvo de discussão ou controvérsia.