CMC pede mais 1 ano ao Colégio das Freiras e volta a reivindicar financiamento para 2 creches

O presidente da Câmara Municipal da Covilhã vai reunir, dia 28, com a direção nacional das Doroteias na tentativa de conseguir mais um ano de funcionamento do Colégio das Freiras, avançou hoje o autarca durante a reunião pública da Câmara Municipal da Covilhã

“Vou tentar sensibilizar para manterem a atividade deste estabelecimento de ensino, pelo menos mais um ano, que seria o tempo necessário para arranjar uma alternativa que fosse consentânea com a posição da comissão de pais”, disse.


Vítor Pereira respondia aos encarregados de educação que durante o período de intervenção do público, na reunião pública da Câmara Municipal da Covilhã, voltaram a relembrar a urgência de se encontrar uma solução para as crianças que frequentam o Colégio das Freiras face ao anúncio de encerramento a 31 de agosto e ao facto de não haver vagas na cidade.

O presidente da Câmara voltou a relembrar que não é responsabilidade das Câmaras Municipais construir creches, mas sim “manter e conservar os edifícios” onde funcionam estabelecimentos públicos e fazer com que estes cumpram essa finalidade.

O autarca relembrou que a autarquia, no início deste último mandato, elaborou dois projetos para a construção de duas creches, uma no Parque Industrial do Tortosendo e outra no parque Industrial do Canhoso, que não avançaram por falta de apoio.

Detalha que se trata de um investimento, nos dois estabelecimentos, de cerca de 5 milhões de euros.

Reitera que mantém essa “disposição”, desde que haja apoio governamental e que a Câmara Municipal suporte a componente própria, se for caso disso, como acontece com outros investimentos.

“Continuamos com essa disposição e reivindicamos apoio do Governo da República no sentido de ajudar a levar a efeito este desígnio, que pretende colmatar uma dificuldade que existe e mesmo assim não solucionará as carências que existem a este nível, que são muitas”, sublinhou.

Vítor Pereira detalhou que há na cidade seis estabelecimentos de ensino desta natureza e nenhum deles tem vagas.

Realça que há lista de espera, contudo, não avança com números concretos uma vez que a mesma criança pode estar inscrita em vários estabelecimentos.

Regina Gouveia, Vereadora com o pelouro da Educação, sublinhou que que a falta de vagas é notória na cidade e também se estende a algumas freguesias, caso do Ferro.

Aponta que no Tortosendo há ainda vagas, poucas, e no Teixoso também, sendo que neste caso há a possibilidade de abrir mais uma turma.

A oposição sublinha que é necessário resolver a questão de fundo reformulando a rede rscolar.

Ricardo Silva realça que o aumento da população escolar em cerca de 8% se deve, em muito, à população migrante que se fixa no concelho e que é muito volátil.

“Não vemos que a rede escolar esteja preparada para o futuro próximo”, disse.

Um debate que é necessário, concordou Regina Gouveia, frisando que “é fundamental pensar não só em relação à realidade presente, mas também num futuro a médio prazo”.

Sublinha que terá que se introduzir várias variantes, como habitação e transportes, para que se possa fixar população noutras freguesias, onde a situação é inversa, têm falta de crianças.