A entidade reguladora, ERSAR, deu parecer negativo à operação de resgate do saneamento na Covilhã. Uma posição que não surpreendeu Vítor Pereira, presidente do Município, e que não altera em nada a intenção da autarquia.
“Encaro com naturalidade porque já o previa. Em Portugal a ERSAR nunca se pronunciou favoravelmente a nenhum dos casos de resgate”, disse aos jornalistas, garantindo que esta posição da entidade reguladora “não muda em nada” a proposta da autarquia, até porque este “não é vinculativo”.
Os vereadores da coligação Juntos Fazemos Melhor consideram que o tema “deveria voltar à reunião de Câmara” face a este parecer negativo. Mostram também preocupação com a “falta de informação latente da Câmara Municipal” sobre a matéria.
Pedro Farromba disse que a operação será uma decisão “benéfica no imediato, mas desastrosa para o futuro dos covilhanenses”.
Recordar que a Câmara Municipal da Covilhã aprovou a 18 de outubro, por maioria, o resgate da concessão de saneamento em alta no concelho, que em 2005 foi contratualizada com a empresa Águas da Serra, AdS, por um período de 30 anos.
O resgate terá um custo para a autarquia de 5 milhões 880 mil euros, foi explicado na altura por Vítor Pereira, verba suportada por um empréstimo que também foi aprovado por maioria na mesma reunião.
A operação deverá ser discutida e votada numa reunião extraordinária da Assembleia Municipal a realizar em breve.