Jorge Vaz, eleito na Assembleia Municipal da Covilhã pelo PSD, suspendeu o mandato alegando razões profissionais, mas sem esconder o descontentamento com a atuação da atual concelhia do partido.
Jorge Vaz detalha que após ouvir numa entrevista Leonor Cipriano, atual líder da concelhia, afirmar que tem havido acompanhamento dos eleitos do partido, teve que tomar posição. “Tal não é verdade”, afirma.
“Enquanto eu fui líder da bancada, nunca fui contactado para nenhuma reunião. Enviámos as convocatórias para a Comissão Política, pedimos que nos dessem indicação política sobre o que iria ser tratado e nunca tivemos resposta, falo do meu caso concreto enquanto líder de bancada. Não é verdade o que foi dito”, afirma Jorge Vaz em declarações à Rádio Clube da Covilhã.
Recordar que Jorge Vaz liderou o grupo municipal do PSD, em substituição de Hugo Lopes.
Para além das questões que envolvem a Assembleia Municipal, Jorge Vaz, que presidiu à concelhia da Covilhã do PSD até maio de 2024, altura em que disputou eleições com Leonor Cipriano, salienta que há críticas tornadas públicas, que “são mentiras” com as quais não pode pactuar.
“Existe outra questão que tem sido repetida várias vezes e com a qual eu não poso pactuar. Eu fui o presidente da anterior Comissão Política e não quero dizer que fizemos tudo bem, mas vir para uma entrevista dizer que quando se chegou havia 50 militantes, quando só no dia das eleições havia 183 com capacidade eleitoral, é uma mentira descarada e, por uma questão de consciência minha, pessoal, não posso continuar a defender um projeto político que depois tem este tipo de tratamento e que vai colocando este tipo de mentiras como se fossem as verdades mais absolutas do mundo”, disse.
Jorge Vaz sublinha que se mantém como militante do PSD, mas sai da Assembleia Municipal da Covilhã por querer ser parte da solução e não do problema.
“Eu deixo o espaço aberto para que a Comissão Política possa fazer o seu trabalho, não tenha qualquer tipo de constrangimento pelo facto de eu estar presente e possa, assim, trabalhar com os restantes eleitos de uma forma colaborativa e total como foi anunciado que acontecia. Como comigo isso não aconteceu, eu parto do princípio que o problema serei eu e eu serei sempre parte da solução e nunca o problema, por isso saio”, concluiu.
Jorge Vaz integra o executivo da Junta de Freguesia do Tortosendo, eleito com o apoio da coligação “Juntos Fazemos Melhor” (PSD/CDS/IL), “um projeto independente” a que continuará ligado como vogal até final de mandato, esclareceu em declarações à Rádio Clube da Covilhã.