Vítor Pereira, no final da reunião privada da Câmara Municipal da Covilhã que teve lugar ontem, dia 14, falou pela primeira vez sobre o despacho que emitiu a 20 de dezembro em que retirou os pelouros e a Vice-presidência a José Armando Serra dos Reis.
Justifica a decisão, “que foi muito ponderada”, com a reorganização e com o ajuste de trajetória da governação municipal aos desafios da reta final do mandato.
“Tomei esta decisão porque entendi que era altura de reorganizar, ainda melhor, o funcionando orgânico da governação municipal, e de ajustar a trajetória desta governação aos desafios da reta final do mandato”, disse, salientando que será “uma reta final muito exigente, complicada e que tudo tem que fluir e estar bem articulado”.
“Decidi que era a hora de o fazer em prol do benefício da Câmara, da Covilhã e do Concelho”, vinca.
Questionado se o ex-vice-presidente era “uma pedra na engrenagem”, realça que “é uma questão de organização, às vezes não se trata de celeridade, mas de eficácia e queremos ser ainda mais eficazes”, disse.
“Era um elemento válido. Não estou a apoucar nem a minimizar o papel que este teve até aqui”, disse aos jornalistas quando se perguntou se este era um elemento menos válido no executivo.
Realça que foi uma ideia “muito pensada”, avançando que desde o Verão andava a aprofundar a solução “para melhor organizar o funcionamento da Câmara”.
Sublinha uma vez mais que os pelouros são do presidente da Câmara e este distribui como acha que deve fazer, sem que isso signifique que “está a minimizar ou a punir quem quer que seja”.
Já sobre as críticas de Serra dos Reis à forma como o despacho lhe foi comunicado, o presidente da Câmara Municipal da Covilhã frisa que “sendo de mau tom não merece resposta” e por isso não comenta.
Pedro Farromba, líder da bancada da oposição na Câmara Municipal da Covilhã, disse aos jornalistas que se percebe “o total desconforto que existe no executivo” e que “a coordenação já teve melhores dias”.
Para a oposição sejam quais forem “as relações pessoais entre os vereadores da maioria” e “os votos de solidariedade”, o que deve preocupar “é como se vai chegar ao final do mandato”, sublinhando que a maior preocupação é a revisão do PDM, que agora está na alçada de Vítor Pereira, um assunto que “está bem entregue aos técnicos do município”, garante o presidente de Câmara.