As reuniões de Câmara em Penamacor voltaram a ter presentes os dois vereadores da oposição, eleitos pelo movimento “Abraçar Penamacor” que, em protesto pela retirada do gabinete que ocupavam na Câmara Municipal, desde agosto não participavam nas reuniões do executivo.
Filipe Batista explica que, uma vez que é funcionário da autarquia, propôs que enquanto vereador, junto com o outro eleito, ocupem o mesmo espaço, colmatando assim a falta de gabinetes alegada pelo presidente da Câmara.
“Pelo facto de ser vereador e trabalhador deste Município, pela justificação que o Sr. presidente deu de que não tinha gabinetes disponíveis pela entrada de novos funcionários, não faz sentido eu enquanto funcionário e enquanto vereador ter dois gabinetes e propusemos que o gabinete afeto à questão laboral servisse também para a vereação”, disse.
Conclui que “é altura de por ponto final neste assunto”.
Na reunião desta sexta-feira, dia 17, António Beites, presidente da Câmara, disse que o caso ainda está em análise, e terá uma decisão em breve.
Filipe Batista garante que se o caso não for resolvido, tem o dossier pronto “para levar até às últimas consequências”, entregando caso ao Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco, considerando que esta é uma “forma clara de criar obstáculos ao desempenho da função”.
“Mais tarde julgo que todos perceberão o porquê de o sr. Presidente nos ter tirado o gabinete em início de agosto”, disse. Uma situação que não quis clarificar, frisando que “esses esclarecimentos serão prestados em altura oportuna”.
Recordar que para colmatar a retirada do gabinete no edifício da Câmara Municipal a autarquia cedeu outro gabinete, com acesso a meios informáticos, na Biblioteca Municipal, mas os vereadores nunca concordaram com esta solução, explicando que os horários não eram compatíveis com o exercício da sua função.