A maioria e a oposição na Câmara Municipal da Covilhã partilham da opinião que é uma “tremenda injustiça” o que se passa na área dos transportes públicos no país.
A propósito da medida implementada pela CMC, que financia parte do aumento dos passes para evitar um custo maior para os utentes, o tema voltou à discussão na reunião pública da autarquia de dia 24.
A medida foi aprovada por unanimidade e na discussão do ponto Vítor Pereira, presidente da CMC, frisou que já com o anterior Governo PS, e agora com o Governo AD, reivindica justiça nesta área.
“Eu tenho andado, há anos, a pregar aos peixes. O que gostava era que mais presidentes de Câmara da Beira Interior, designadamente, e outros de todo o Interior, se associassem a mim para reivindicar igual tratamento. É inconcebível que se pague por um passe 40 euros em Lisboa e alguém que more no sul do concelho pague 120. É incompreensível, é injusto”, disse o autarca.
“O que eu gostava era que muitos se preocupassem menos com o seu umbigo, e com o seu ego, e se associassem nesta causa”, concluiu.
A oposição votou favoravelmente e deixou o “solidário compromisso” para levar a reivindicação até onde deve ir, disse Pedro Farromba.
“Eu gostava de deixar o nosso solidário compromisso de levar isto onde tivermos que levar, para que haja justiça na redistribuição das verbas no Orçamento do Estado, porque são verbas de todos e têm de chegar a todos”. Fazendo um exercício de recordação, sublinhou que em toda a vida atravessou o Tejo, no Barco da Transtejo, uma vez ou duas “e não tem que se pagar todos os meses com o dinheiro dos nossos impostos, nem o metro nem a Carris”, disse.
Dá conta que “não é a situação ideal, ter se der a Câmara a subsidiar os transportes, é a situação possível para que os cidadãos não sintam nas suas carteiras, mas é de uma gritante injustiça o que se passa no nosso país nesta matéria”, disse.
Recordar que a Câmara Municipal da Covilhã vai suportar os custos provocados pelo descongelamento da Taxa de Atualização Tarifária (TAT) dos transportes na Covilhã, fazendo com que o anunciado aumento de 7,25 euros (passe urbano) não ultrapasse os 55 cêntimos nos passes urbanos e os 65 cêntimos nos passes urbano+suburbano.